A Polícia Civil de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, ouviu na segunda-feira (6) o depoimento da adolescente que deixou um bebê recém-nascido na lixeira de uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). O caso aconteceu no dia 1º de janeiro.
Segundo o delegado Pablo Rocha, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente de Canoas, a jovem, de 15 anos, afirmou desconhecer que estava grávida.
“Não acreditamos em manobra de aborto. Tudo até agora aponta que tenha sido um parto”, disse ao G1.
À polícia, ela disse que já havia passado por atendimento anteriormente e o médico não havia identificado gestação.
Na manhã do dia 1º, a jovem buscou atendimento na UPA com dores no abdômen, mas negou estar grávida. Na Unidade, ela foi ao banheiro. Logo após, a enfermeira encontrou o local ensanguentado e a criança na lixeira. O bebê já estava sem vida.
Ainda não foi confirmado se a criança nasceu morta. Todas as alegações serão comprovadas com os resultados do exame pericial, informou o delegado. A perícia deve ser divulgada em cerca de 10 dias.
O delegado informou que diferentes possibilidades estão sendo trabalhadas pela investigação. Se houve uma ação antes do parto, ela responderá por aborto, caso a criança tenha nascido viva, por homicídio.
“Ou pode ter acontecido uma mera fatalidade, e a menina teve um parto e a criança nasceu morta”, ressaltou.
Até o momento, a polícia constatou que houve vilipêndio de cadáver [falta de consideração], pelo fato da criança ter sido deixada na lixeira.
Fonte: g1.globo.com
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