Projeto de cinoterapia, com o uso dos animais na cidade da Região Norte do Rio Grande do Sul faz parte de uma pesquisa de conclusão de curso e promove estímulos físicos e psíquicos, conforme professores.
Uma terapia usada para melhorar os movimentos e a coordenação motora de pacientes em Cruz Alta, no Norte do Rio Grande do Sul, tem chamado a atenção de pesquisadores. A técnica com o uso de cães, chamada de cinoterapia, não é nova, mas tem sido benéfica a um grupo de idosos do Asilo Santo Antônio.
Comumente usada no tratamento de crianças que tem algum tipo de deficiência, a cinoterapia usa cachorros adestrados que acompanham e fazem companhia aos pacientes. O projeto faz parte de uma pesquisa de conclusão de curso, e os resultados têm surpreendido os professores.
“Nós temos o nosso voluntário, estagiário do curso de Medicina Veterinária, que é adestrador. Então, o Jeferson prepara os nossos cachorros e hoje a gente tem o Luki pra trabalhar com eles e receber os comandos. Ele fica muito faceiro com os carinhos e agrados e todas as compensações. É motivador pra ele também”, afirma a professora de fisioterapia Lia Dias da Costa.
O Luki ajuda no circuito de caminhada e exercícios. Conforme a professora, um dos principais objetivos é ver o comportamento dos idosos em relação a auto estima, autoimagem e regulação da pressão arterial.
“Também tem toda essa parte lúdica, que eles fazem uma movimentação, exercícios, essa confraternização que eles têm com o cachorro”, ressalta Lia.
Luki ajuda pacientes também em relação a autoestima (Foto: Reprodução/RBS TV)
As atividades com o cão promovem estímulos físicos e psíquicos, melhorando a saúde e a autoestima dos idosos, segundo os pesquisadores. O projeto no Asilo Santo Antônio, em Cruz Alta, tem 6 meses e os professores já notam resultados.
“Beneficia principalmente na qualidade de vida deles, o processo cognitivo, o resgate de algumas memórias que estavam perdidas, na motricidade fina, motricidade ampla, questões de cognição de forma geral, lateralidade, equilíbrio também, afetividade, auto estima”, salienta a professora de pedagogia Vaneza Peranzoni.
“Reduz o nível de estresse que algumas vezes têm, naquela questão de estar num ambiente institucionalizado, não estar com sua família. Então esses são alguns benefícios da cinoterapia”, acrescenta.
O projeto começou com 12 idosos e será ampliado para outros interessados dentro do asilo. Uma das pacientes, Lígia Hartmann aprovou a nova atividade.
“Eu brinco com ele, caminho com ele”, disse, antes de dar tchau para o cão que trata como “amorzinho”.
Lígia Hartmann chama o cão de ‘amorzinho’ (Foto: Reprodução/RBS TV)
Fonte: G1 Rio Grande do Sul
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