Verão pede cuidados redobrados contra o câncer de pele

Foto: Alina Souza

O verão ensolarado do Rio Grande do Sul acende um alerta para o câncer de pele. Compondo cerca de 33% dos diagnósticos de câncer no Brasil, com cerca de 180 mil novos casos por ano, os perigos do câncer de pele ainda são desconhecidos por grande parte da população. A Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele, conhecida como Dezembro Laranja, tenta trazer maior visibilidade ao tema.

“O câncer de pele é a neoplasia maligna mais comum do mundo e ele acaba sendo subestimado pela população”, adverte a dermatologista Sabrina Sanvido, coordenadora da campanha. São três tipos de câncer de pele: o melanoma, menos comum, mas com maior taxa de letalidade; e os carcinomas basocelular e espinocelular, mais comuns e menos letais. “Os carcinomas, apesar de levarem menos a óbito, causam inúmeros impactos na qualidade de vida do paciente, por levar a cirurgias e, até mesmo, mutilações. As pessoas não sabem que o câncer de pele pode fazer isso”, alerta a médica.

Lesões na pele podem acabar por invadir a musculatura e os ossos, e, inclusive, causar metástase. Como parte do Dezembro Laranja, em uma parceria da Sociedade Brasileira de Dermatologia com a Secretaria de Saúde de Porto Alegre, moradores da Capital gaúcha receberam atendimento gratuito para investigar lesões suspeitas de câncer de pele, neste sábado, no Ambulatório de Especialidades do Centro de Saúde IAPI, no bairro Passo d’Areia, na zona Norte. A ação contou com a participação de médicos e profissionais voluntários. “É o 9º ano da campanha com mutirão para pacientes suspeitos de câncer de pele. Assim que diagnosticados já serão encaminhados para tratamento e realização de mais exames se necessário”, explica Sabrina.

Quem perdeu o horário de atendimento no sábado, mas crê precisar do atendimento para alguma lesão suspeita, deve procurar o seu posto de saúde de referência para avaliação do clínico geral. Se necessário, será encaminhado para atendimento por dermatologista. O tratamento para o câncer de pele costuma ser cirúrgico, mas, em casos avançados, pode exigir radio e/ou quimioterapia.

“O uso do filtro solar e roupas protetoras é necessário para prevenção, não só quando for fazer atividades recreativas, como praia e piscina, o ideal é que trabalhadores expostos ao sol, como na construção civil e agricultura, também façam o uso”, instrui a dermatologista. O fator do filtro solar deve ser de, no mínimo, FPS 30 e, em caso de exposição contínua, a reaplicação deve ser feita a cada duas horas.

Fonte: https://www.correiodopovo.com.br/