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Verão gaúcho contará com automação da rede elétrica e reforço de equipe para evitar problemas de falta de luz

CEEE Equatorial lançou ações na área onde a concessionária atua; RGE cita investimentos na rede

Fonte: Jefferson Botega / Agencia RBS

O início do verão e a volta do calor, que deve ficar acima da média no Rio Grande do Sul ao longo da estação, costumam trazer preocupação quanto à falta de luz no Estado. As interrupções no fornecimento de energia elétrica são conhecidas dos gaúchos nessa época, quando aumenta o consumo de luz devido ao fim de ano.   

Os temporais também são motivo de alerta nesta época pelos danos que provocam na rede, gerando falta de energia e muitas vezes demora para o restabelecimento.  

Outro ponto de atenção é a migração da população para o Litoral, quando há maior sobrecarga ao sistema de energia nessa região. Em outra parte do Estado, a irrigação das culturas de verão também demanda mais energia, em especial na Metade Sul.  

Para evitar transtornos, a CEEE Equatorial montou ações para evitar o desabastecimento de energia nas áreas em que atua no Estado, com medidas que vão de reparos nas redes à ampliação de equipes para atendimento. A empresa é responsável por atender a mais de 1,8 milhão de clientes em 72 municípios das regiões MetropolitanaSulCentro-SulCampanhaLitoral Norte e Litoral Sul

Já a RGE, concessionária que atende a 2,86 milhões de clientes em 381 municípios gaúchos, afirmou que vem efetuando “investimentos significativos na rede elétrica”. Em nota enviada à reportagem, a empresa cita que a tecnologia implantada na rede permite restringir os locais de falhas e remanejar os consumidores atingidos para garantir o abastecimento de energia. E que em casos de temporais, as ocorrências de perigo são prioridade de atendimento, seguidas dos clientes essenciais e, depois, os clientes individuais.  

Na área da CEEE Equatorial, uma das medidas que deve ser mais sentida pelos consumidores é a que diz respeito aos investimentos em automação. Em casos de falta de luz, o recurso permite operar a rede a distância, pelo centro de monitoramento que fica em Porto Alegre.  

– Era uma rede com baixo nível de automação, qualquer interrupção dependia de equipe para arrumar no local. A automação permite uma manobra da rede a distância. Não preciso mandar uma equipe para um determinado religador, posso fazer isso daqui de Porto Alegre quase que instantaneamente. E se não consigo migrar aquela energia para outra fonte, no pior cenário consigo reduzir muito o número de clientes sem energia. É uma resposta rápida aos problemas que temos – explica o superintendente técnico da CEEE Equatorial, Júlio Hofer.    

Outra parte do plano de verão, focada na manutenção, concentra-se onde a rede estava mais fraca, como é o caso de regiões no Litoral e na Costa Doce, que também recebe maior fluxo de pessoas.  

O superintendente ainda destaca o reforço nas equipes para o veraneio, com força adicional para o atendimento a campo e nas agências, que abrirão aos sábados nas praias. São 270 equipes para serviços como restabelecimento da energia, inspeção e ligação nova, sendo 40 para atendimento no Litoral.   

A expectativa é que as estratégias de ação reduzam tanto a falta de energia quanto o tempo de espera até a volta dela. Segundo a empresa, o Ano-Novo é considerado o pico de carga pela maior demanda. Durante a data, os pontos de atenção serão o Litoral e as grandes cidades.    

Em cinco meses desde que assumiu a CEEE, a Equatorial diz que em torno de R$ 90 milhões já foram investidos em melhorias, e que no próximo ano os aportes devem ser “mais agressivos”.      

– Mapeamos demandas e necessidades, aproveitando a expertise que já tinha no Grupo CEEE. É uma rede que ficou muito tempo sem investimento e a rede de energia reage muito ao cuidado que você presta a ela. São reforços e troca de rede, obras, e isso tem um tempo de execução – afirma Hofer.  

Demora para novos ligamentos 

Desde que houve a transição para o Grupo Equatorial, clientes da concessionária têm se queixado de demora para a ligação de novos pontos, quando há mudança de endereço, por exemplo. Em alguns casos, a espera chega a durar uma semana. 

A explicação, segundo o superintendente técnico Júlio Hofer, tem a ver com o processo de transição entre uma administração e outra.   

– Estamos em uma fase de ajustes, reorganizando equipes e recuperando um passivo de serviços pendentes. Quando a Equatorial chegou, todas as lojas de atendimento estavam fechadas por uma liminar. O cliente acabava tendo os seus canais de acesso restrito. Quando abrimos as portas, veio uma demanda que acabou gerando um fluxo adicional – diz Hofer. 

Questionada pela reportagem se houve alguma alteração de procedimento, a empresa afirmou que sim, “mas para melhor”, e garantiu que o tempo será reduzido à medida que a operação for sendo modernizada.    

Em caso de demora, a CEEE Equatorial orienta que o consumidor entre em contato por meio dos canais oficiais de atendimento, indicando o local específico, e faça o registro pelo 0800-721-2333.

Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/

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