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Taxa de desemprego cai a 8,7% no terceiro trimestre, o menor nível desde 2015, diz IBGE

Trajetória de queda da desocupação mostra que 9,5 milhões estão fora do mercado de trabalho

Desemprego recua no Brasil em setembro | Foto: Alina Souza

desemprego no Brasil segue em queda e chegou a 8,7% no trimestre encerrado em setembro, mostram dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o recuo de 0,6 ponto percentual da taxa de desocupação, a quantidade de profissionais ainda fora da força de trabalho equivale a 9,5 milhões de pessoas, o menor volume desde o trimestre finalizado em dezembro de 2015. O patamar representa uma queda de 6,2% (menos 621 mil pessoas) no trimestre e 29,7% (menos 4,0 milhões) em 2022.

Adriana Beringuy, coordenadora do estudo, avalia que a retração da taxa de desemprego segue influenciada pela manutenção do crescimento da população ocupada, que supera os 99,3 milhões, um novo recorde na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), iniciada em 2012.

O dado equivale a um crescimento de 1% (mais 1 milhão) de profissionais ocupados no trimestre e de 6,8% (mais 6,3 milhões) no acumulado do ano. Já a taxa composta de subutilização (20,1%), que avaliam insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial, foi a menor desde o trimestre terminado em maio de 2016 e totaliza 23,4 milhões de pessoas.

Entre os grupos de atividades, a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,8%, ou mais 315 mil pessoas) e outros serviços (6,8%, ou mais 348 mil pessoas) cresceram, na comparação trimestral. Os demais segmentos permanecem estáveis. 

Adriana destaca que comércio, administração pública e outro serviços vêm se sobressaindo desde junho. “Nesse trimestre, o comércio, embora tenha ficado estável, ainda mantém um contingente bastante importante e permanece sendo uma importante atividade na absorção de mão de obra, com mais de 19 milhões de pessoas”, diz ela.

Carteira assinada

Os números do IBGE reforçam ainda aqueles apresentados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. De acordo com a Pnad, houve crescimento de 1,3% no número de empregados com carteira de trabalho assinada em relação ao trimestre anterior, chegando a 36,3 milhões de pessoas. Na comparação anual, o contingente cresceu 8,2%.

Já o número de empregados sem carteira assinada no setor privado (13,2 milhões de pessoas) foi o maior da série histórica, iniciada em 2012, apresentando estabilidade no trimestre e elevação de 13,0% (1,5 milhão de pessoas) no ano.

O número de trabalhadores do setor público também atingiu o maior nível da série histórica (12,2 milhões), volume 2,5% (291 mil pessoas) maior no terceiro trimestre. Tal aumento foi puxado pelos empregados no setor público sem carteira assinada (3,1 milhões), também chegou ao recorde após alta de 11,6% (317 mil pessoas) no trimestre e 35,4% (799 mil pessoas) no ano. “Temos observado um ritmo acelerado no setor público nos últimos três trimestres em função, principalmente, da recuperação do segmento de educação e saúde”, destaca Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad.

Informalidade e rendimento médio

No período entre julho e setembro, a taxa de informalidade alcançou 39,4% da população ocupada, contra 40% no trimestre anterior e 40,6% no mesmo trimestre de 2021. O número de trabalhadores informais chegou a 39,1 milhões. O rendimento real habitual (R$ 2.737) cresceu 3,7% em relação ao trimestre anterior e 2,5% na comparação anual. A massa de rendimento real habitual (R$ 266,7 bilhões) cresceu 4,8% frente ao trimestre anterior e 9,9% na comparação anual.

Fonte: www.correiodopovo.com.br

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