Invasão definida como uma “pichação online” ocorreu durante a madrugada desta terça-feira e afetou alguns serviços online
Os sites do governo do Rio Grande do Sul voltaram a ficar disponíveis na internet às 19h30min desta terça-feira (8). As páginas estavam fora do ar desde a madrugada em razão de um ataque hacker.
Segundo a Secretaria de Planejamento e Gestão, a invasão não resultou em furto ou vazamento de dados. “Com isso, os horários agendados pela população em serviços vinculados ao governo estadual foram cumpridos ao longo do dia, com restrição apenas à realização de novos agendamentos, funcionalidade agora novamente disponível”, informou o governo.
O ataque ocorreu à 1h01min da terça-feira e foi identificada 18 minutos depois pelos plantonistas da Companhia de Processamento de Dados do Estado (Procergs). Após uma primeira varredura, por precaução todos os sites foram retirados do ar à 1h50min.
— O sistema não caiu. Houve uma pichação, sem maiores problemas. Entraram nos sites e deixaram lá uma mensagem. Não teve nenhum acesso a sistemas que detêm alguma base de dados. Tão logo foi identificado, começamos a atuar e, por prevenção, tiramos os portais do ar — afirma o secretário de Planejamento e Gestão, Claudio Gastal.
Assinado por Shawty Boy — pseudônimo já usado em invasões de sites de prefeituras catarinenses ano passado —, a mensagem deixada na capa do site do Procergs dizia que a companhia “caiu na hackeada da Paraná Cyber Mafia”. No texto, o hacker ainda atacou iniciativas de isolamento contra a pandemia de covid-19 e a classe política em geral, além de dizer que todos os serviços online do Rio Grande do Sul seriam afetados, o que não aconteceu.
Os sistemas internos do governo permaneceram funcionando durante todo o dia, permitindo o trabalho nas repartições públicas. A Delegacia Online da Polícia Civil também ficou no ar, tornando possível o registro de ocorrências. A derrubada preventiva de 18 sites pela Procergs, porém, impediu consultas públicas no site do Detran e agendamentos para confecção de carteiras de identidade no Instituto-Geral de Perícias (IGP), bem como o acesso a dados e serviços em algumas das principais pastas do governo, como as secretarias da Fazenda, da Saúde e da Segurança Pública.
De acordo com Gastal, o governo enfrenta até 10 mil ataques cibernéticos por dia, desde tentativas de golpes prosaicos até iniciativas mais robustas, como a invasão desta terça-feira. Para aumentar a proteção dos sistemas estaduais, a pasta está investindo R$ 87,9 milhões, dos quais cerca de R$ 30 milhões ainda em 2022, contemplando reforços em data centers de contingência, em segurança de informação e aumento da capacidade do sistema.
Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/
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