Sindicato prevê que abastecimento de gás pode levar até duas semanas para ser normalizado no RS

Cidades pequenas mais afastadas da Região Metropolitana de Porto Alegre devem levar mais tempo para terem estoques restabelecidos. Entidade estima que mais de R$ 20 milhões deixaram de ser faturados na greve.

Abastecimento de gás foi afetado pela paralisação dos caminhoneiros (Foto: Reprodução/RBS TV)

A normalização do abastecimento de gás em todo o Rio Grande do Sul deve demorar ainda duas semanas. A estimativa foi feita na manhã desta sexta-feira (1º) pelo presidente do sindicato que representa as empresas de comércio, revenda e distribuição de gás.

“Mas ainda está longe da normalidade”, afirma Ronaldo Tonet, presidente do Singasul, entidade que representa mais de 6 mil empresas do ramo no estado.

A greve dos caminhoneiros durou 11 dias em todo o país, afetando serviços como o abastecimento de combustíveis, alimentos, transporte, entre outros. O abastecimento de gás foi impactado de forma mais crítica nas regiões Sul, da Serra e da Fronteira Oeste.

Segundo ele, as distribuidoras estão todas localizadas na Região Metropolitana de Porto Alegre, principalmente em Canoas, o que faz com que o abastecimento de cidades mais distantes, ou em localidades mais afastadas, seja o mais afetado nesta retomada dos serviços.

“Umas duas semanas ou meados do mês junho vamos ter uma situação de tudo normal”, disse Tonet. Segundo ele o estoque médio dos revendedores é de três a quatro dias, o que fez com que ficassem zerados por conta da paralisação.

Um dos fatores que afeta a velocidade do reabastecimento é a necessidade de retorno dos botijões para sejam recarregados na Região Metropolitana de Porto Alegre, além do limite máximo de produção, que ficou cinco dias paralisada durante a greve.

“A gente estima que mais de 300 mil botijões deixaram de girar, quantidade que deixou de se produzida”, afirma Tonet, estimando que R$ 23,5 milhões deixaram de ser faturados pelas empresas. “Isso compromete capital de giro, cria problemas para as revendas, boletos deixaram de ser pagos, vai ter um impacto na cadeia produtiva”, completa.

Fonte: G1 Rio Grande do Sul