RS e Porto Alegre estão entre principais alertas de alta da Covid-19 em boletim da Fiocruz

Instituição aponta que reabertura precoce deve agravar internações e mortes em níveis altos nas próximas semanas

Foto: Alina Souza

O Rio Grande do Sul e Porto Alegre estão entre os principais alertas do boletim InfoGripe da Fundação Fiocruz, divulgado nesta sexta-feira. Conforme a instituição, a forte alta nos registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) indicam uma retomada de patamares altos de internações em UTIs e mortes por Covid-19 nas próximas semanas.

A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 20, período de 16 a 22 de maio. Cerca de 96% dos casos de SRAG com resultado laboratorial positivo são devido ao coronavírus.

“Amazonas, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul apresentam sinal forte (prob. > 95%) de crescimento na tendência de longo prazo até a SE 20. Alagoas, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins apresentam sinal moderado (prob. > 75%) de crescimento na tendência de longo prazo”, observou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

Em Porto Alegre, Curitiba e Palmas, segundo o relatório, há sinal forte de crescimento na tendência de longo prazo, conforme a Fiocruz. De acordo com o boletim, 11 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento até a SE 20. Além da capital gaúcha, Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Manaus (AM), Palmas (TO), Salvador (BA), São Paulo (SP). Fortaleza (CE) e Vitória (ES). Apenas quatro capitais apresentam sinal de queda: Aracaju (SE), Boa Vista (RR), Macapá (AP) e Teresina (PI).

Conforme a Fiocruz, tanto os sinais de estabilização quanto a retomada do crescimento de casos estão ocorrendo em patamares elevados, similares aos piores momentos de 2020 e início de 2021. “Os dados apresentados devem ser utilizados em combinação com os demais indicadores relevantes, como a taxa de ocupação de leitos das respectivas regionais de saúde, por exemplo. O estudo sinaliza que o cenário atual está associado à retomada das atividades de maneira precoce”, frisou Gomes.

Fonte: https://www.correiodopovo.com.br/