RS confirma a primeira morte por dengue do ano

Foto: Alina Souza

O Laboratório Central do Estado (Lacen) confirmou nesta quinta-feira o primeiro óbito por dengue no Rio Grande do Sul em 2023. Trata-se de uma mulher, de 49 anos, residente de Bento Gonçalves.

A vítima da doença teve início de sintomas em 9 de março, com febre, dor muscular, dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor abdominal, inapetência e dispneia. A paciente conta com histórico de hipertensão arterial. Ela internou na terça-feira (14) e o óbito ocorreu na quarta-feira (15).

Em 2023 já foram confirmados no RS 786 casos autóctones, que são quando o contágio ocorreu dentro do Estado. Já em 2022, o Rio Grande do Sul registrou seus maiores índices da doença em toda sua série histórica. Foram mais de 57 mil casos autóctones, outros 11 mil casos importados (quando o contágio ocorreu fora do Estado) e 66 óbitos em virtude da dengue. Os dados deste ano estão atualizados até 15 de março.

A dengue

A doença febril é causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Os principais sintomas são febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, dor no corpo, dor nas articulações, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia, manchas vermelhas na pele com ou sem coceira. Os sinais podem agravar, ocasionando o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar a pessoa ao choque grave e morte.

Ao apresentar sintomas, a pessoa deve procurar um serviço de saúde, ingerir muita água e evitar uso de medicamentos por conta própria. O serviço médico fornecerá as orientações necessárias para cada caso. Algumas informações gerais são importantes: repousar, passar repelente corporal (pois assim evita que o mosquito se infecte), utilizar roupas que cubram braços, pernas e pés (diminuindo as áreas disponíveis para o mosquito se alimentar), e usar mosquiteiro, principalmente em pessoas acamadas.

O diagnóstico de casos suspeitos deve levar em consideração as questões clínicas (sintomas) e epidemiológicas, como por exemplo, se o local de moradia ou trabalho é infestado pelo mosquito e/ou se existem outras pessoas com dengue na região.

Os exames laboratoriais são auxiliares na investigação, e não é necessário saber o resultado para iniciar tratamento. Para essas suspeitas, podem ser realizados exames de laboratório inespecíficos (como hemograma com contagem de plaquetas) e específicos, que pesquisam a presença do vírus no corpo ou então anticorpos que reagiram à presença do vírus.

Fonte: correiodopovo.com.br