Queiroga diz que 1,5 milhão de doses da Janssen chegam nesta terça

De acordo com o ministro, lote deve desembarcar no aeroporto internacional de Viracopos (SP) às 6h45min

Queiroga diz que 1,5 milhão de doses da Janssen chegam nesta terça | Foto: Walterson Rosa / Ministério da Saúde / CP

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou na comissão temporária do Senado que discute ações contra a Covid-19, que devem chegar amanhã às 6h45 ao aeroporto internacional de Viracopos, em Campinas, 1,5 milhão de doses da Janssen. O anúncio foi feito após uma previsão inicial, de receber 3 milhões de doses até 15 de junho, não ter sido confirmada. De acordo com o Ministério da Saúde, o envio foi cancelado pela própria Janssen, que não teria explicado os motivos.

“Em relação às vacinas da Janssen, essas vacinas estavam previstas no nosso calendário para o último trimestre do ano. Eram 38 milhões de doses. Negociamos com eles e iriam antecipar 3 milhões de doses na semana passada, lamentavelmente não foi possível. Mas antecipo aqui que amanhã deve chegar no aeroporto de Guarulhos 1,5 milhão”, disse o ministro.

Queiroga destacou ainda que o imunizantes da Janssen, braço farmacêutico do grupo Johnson & Johnson, tem a vantagem de exigir uma única aplicação, ao contrário das outras opções de vacina contra a Covid-19. 

O ministro disse acreditar que, no ritmo atual da campanha de vacinação, toda a população vacinável do País terá tomado a primeira dose contra a Covid-19 até setembro. “Pelas 600 milhões de doses que já dispomos é possível antever também que tenhamos a população brasileira acima de 18 anos vacinada até o fim do ano de 2021.”

O cronograma detalhado, contudo, ainda não foi divulgado pelo ministério. “A gente ainda não divulgou o calendário detalhado desses imunizantes nos outros meses [agosto e setembro] porque ainda não temos confirmação dos laboratórios”, disse o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz.

Revacinação

O ministro Marcelo Queiroga foi questionado por senadores sobre notícias segundo as quais o Ministério da Saúde estaria preocupado com a baixa eficácia da vacina Coronavac na população idosa, e se haveria a necessidade de revacinação dessa faixa etária.  

Os parlamentares perguntaram também se o ministério considera não assinar novos contratos de aquisição do imunizante, desenvolvido pela chinesa Sinovac e fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan.

O ministro afirmou que a necessidade de uma eventual revacinação, em qualquer faixa etária ou grupo da população, precisa ser esclarecida por estudos científicos cujas respostas só devem estar prontas no ano que vem. “Pesquisas estão em encaminhamento. E o que o Ministério da Saúde tem que fazer é se programar para ter vacinas disponíveis para aplicar, num curto espaço de tempo, no ano de 2022, se for o caso”, disse.

Ele citou um estudo em andamento na cidade de Serrana (SP), cuja população foi toda vacinada com a Coronavac. O ministro negou haver desconfiança em relação ao imunizante.  “Não há nenhum tipo de mudança de estratégia em relação a esse imunizante”, afirmou.

“O fato é que essa vacina tem sido útil para o Plano Nacional de Imunização, e essa é a posição oficial do Ministério da Saúde, até que exista algum dado científico que faça com que nós tenhamos uma posição diversa”, acrescentou Queiroga.

Fonte: Correio do Povo