Professor de adolescente que morreu atropelada em Horizontina é indiciado por homicídio culposo

Polícia Civil concluiu o inquérito nesta segunda-feira (25). Estudante Gabriella Bohnen, de 15 anos, morreu há um mês, no dia 25 de fevereiro, após descer de um ônibus escolar e tentar cruzar rodovia no Noroeste do estado.


Gabriella Bohnen tinha 15 anos e voltava da escola quando foi atropelada — Foto: Reprodução/Facebook

A Polícia Civil concluiu nesta segunda-feira (25) o inquérito que investigava a morte da estudante Gabriella Bohnen em Horizontina e indiciou um professor da adolescente por homicídio culposo (quando não há intenção de matar).

Gabriella morreu atropelada há um mês, no dia 25 de fevereiro, após descer de um ônibus escolar, na ERS-305, no município do Noroeste do Rio Grande do Sul. Ela tentou cruzar a rodovia pela frente do veículo para encontrar o pai que a aguardava do outro lado.

Uma caminhonete, que seguia em direção a Tucunduva, acabou atingindo a estudante por volta das 12h. Segundo o delegado Delvequio Kronbauer, responsável pelo caso, quem dirigia o carro era um professor da menina. Na ocasião, ele prestou socorro e, inclusive, foi encaminhado ao hospital por ter entrado em choque quando constatou que havia matado a aluna.

Professor de filosofia e sociologia, ele foi ouvido pela polícia. Conforme o delegado, o homem, de 51 anos, assumiu a autoria do crime e se mostrou muito abalado. “Tentou desviar, mas não deu, foi muito rápido, segundo ele”, conta Kronbauer.

O homem vai responder em liberdade. “Em crimes culposos de trânsito não cabe pedido de prisão preventiva”, explica o delegado.

Gabriella estudava no Centro Tecnológico Frederico Jorge Logemann há duas semanas. Ela estava no 1º ano do Ensino Médio. De acordo com o diretor da instituição, Sedelmo Desbessel, a menina retornava do colégio quando o acidente aconteceu.

O professor indiciado havia dado aula para a estudante naquela manhã.

“Ele [o professor] é bem religioso, praticante. Com a ajuda dos amigos, da escola e inclusive da família da aluna, está superando o trauma dele”, relata o diretor, acrescentando que o funcionário já retornou ao trabalho.

Fonte: G1