O número de pessoas fora de casa já passa de 10 mil no Rio Grande do Sul. Conforme o balanço mais recente da Defesa Civil, divulgado na tarde desta quinta-feira (8), o número subiu de 9,8 mil para 10,2 mil – no total, são 2,4 mil famílias fora de casa.
O aumento se deu porque, durante o dia, foram removidas famílias em Maratá, Espumoso, Estrela e São José do Sul. O número de municípios atingidos pelo mau tempo – chuvas, temporal e granizo – também subiu, de 136 para 153.
O balanço da Defesa Civil também aponta cinco novos municípios em situação de emergência, elevando o total para 73. Os novos decretos são de Cachoeira do Sul, São José do Sul, Jari, Maratá e Santana da Boa Vista.
Apesar de o temporal ter atingido com força praticamente todo o Estado nas últimas horas, os municípios com mais famílias fora de casa seguem sendo os da Fronteira Oeste, afetada pela chuva das últimas semanas. São quase 2 mil famílias fora de casa em Uruguaiana, Itaqui e São Borja.
Nível de rios continua subindo
Apesar do fim da chuva previsto para a próxima semana, grandes rios do Estado recebem água de afluentes e continuam subindo. A Defesa Civil segue em alerta e com monitoramento constante em todo o Rio Grande do Sul.
O órgão também está se preparando para remover famílias nesta tarde em São Jerônimo, na Região Carbonífera, onde o Rio Jacuí sobe um metro por hora.
No Vale do Taquari, o Rio Taquari também está subindo em Estrela, 54 centímetros por hora, e em Encantado, 24 centímetros por hora. Netas cidades, não há famílias fora de casa, mas a Defesa Civil monitora as áreas ribeirinhas devido à elevação dos rios.
Na Fronteira Oeste, a boa notícia é que o Rio Uruguai estabilizou em Itaqui e em Uruguaiana, e sobe pouco (entre 1 cm e 2 cm) em Barra do Quaraí e em São Borja. A região é a mais atingida desde a semana passada – quase 2 mil famílias estão fora de casa somente em Uruguaiana, Itaqui e São Borja. A previsão para os próximos dias é de que o rio suba pouco e, assim, nos próximos dias, as famílias devem poder começar a voltar para casa.
No Vale dos Sinos, equipes da Defesa Civil estão em alerta para a cheia do Rio dos Sinos, que já afeta moradores de diversas cidades da região. No Vale do Caí, o Rio Caí também sobe, e o Exército auxilia na remoção de famílias.
Já em Porto Alegre, o nível do Guaíba reduziu na tarde desta quinta, mas a previsão é de que suba no fim de semana.
Estragos e mortes no RS
A ventania e o granizo da madrugada causaram estragos em todo o Estado, principalmente na Serra gaúcha – onde uma pessoa morreu em Caxias do Sul e mais de 500 casas foram destelhadas em Veranópolis.
Outras duas mortes foram registradas em função do temporal em Jaboticaba e Liberato Salzano, no Norte gaúcho. Em Porto Alegre, uma mulher está desaparecida após deslizamento de terra atingir uma residência no bairro São José.
Em São Sebastião do Caí, pelo menos 100 casas foram danificadas pelo vendaval. Além disso, em São José do Sul, no Vale do Caí, 60 famílias estão fora de casa devido a destelhamentos, e em Maratá, na mesma região, pelo menos 15 casas ficaram completamente destruídas, conforme a Defesa Civil regional.
Como ajudar
A Defesa Civil Estadual está recebendo doações para os atingidos pelas chuvas. Os itens são repassados na medida em que os moradores comprovam situação de vulnerabilidade social e comprovam que sofreram danos com as chuvas.
Conforme o subchefe da Defesa Civil do RS, tenente-coronel Jarbas Ávila, o estoque de agasalhos e de calçados é razoável, mas outros itens são necessários:
“O estoque de alimentos não perecíveis está abaixo do nível crítico. Pedimos que quem puder doe arroz, feijão, massa, leite e azeite, que são alimentos que podem ser consumidos nos abrigos”, pede.
Cada município tem o seu modelo de central de doações. Quem quiser ajudar pode ligar para o número 199 e se informar sobre qual o local de doação mais próximo. Em Porto Alegre, a Central de Doações da Defesa Civil do RS fica na Av. Borges de Medeiros, 1501, no bairro Praia de Belas.
fonte Rádio Gaúcha
