Média móvel caiu de milhares para 795 casos registrados conforme dados desta quinta-feira
O mês de abril chegou acompanhado de números melhores relacionados à Covid-19. A quantidade de leitos de UTI Covid ocupados no Rio Grande do Sul é a mais baixa desde abril de 2020. Nesta quinta-feira, 81 pacientes confirmados com Covid-19 e 46 suspeitos de estarem contaminados estavam internados em UTIs no Estado. Após um pico no início do ano, depois das festas de Natal e ano novo, com mais de 21 mil casos confirmados em um único dia, o número de novos casos diários está em queda e chegou à 659 no último domingo, apresentando uma média móvel de 795.
“O número de casos ativos vem caindo desde janeiro. Então ela vem diminuindo, mesmo com a flexibilização de uso de máscaras”, constata o infectologista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Luciano Goldani. Em março foi publicado decreto que desobriga o uso de máscaras ao ar livre no Rio Grande do Sul. E, no mesmo mês, em Porto Alegre também foi retirada a obrigatoriedade da proteção em ambientes fechados.
A pandemia está “em controle” por causa da vacinação, de acordo com o especialista. “Os países que não fizeram o dever de casa em relação à vacinação completa estão sofrendo com surtos de Covid. No Brasil, principalmente neste último ano, houve a vacinação extensa da população, o que faz com que os resultados apareçam”, atesta Goldani. O número de óbitos também reflete a melhora no cenário: os dias com mais óbitos em decorrência da Covid-19 em abril foram os dias 6 e 12, com 12 óbitos cada. Em comparação, no dia 13 de fevereiro, foram 57, e em março do ano passado, auge da pandemia, o número passou de 250.
“A Covid sempre traz coisas inusitadas, é um vírus que nos surpreende, muitas vezes a cada dia. Tivemos muitas variantes diferentes. Logicamente, as pessoas vacinadas com dose reforço contam com uma boa proteção contra essas variantes, mas a gente observa na Índia e em alguns países da Europa um aumento de casos, em relação à subvariante da Ômicron. Aqui, parece que já foi introduzida, mas não nos parece que está cercando, em função de termos a população bem vacinada. É preciso estar sempre monitorando, todo cuidado é pouco”, comenta o especialista sobre a possibilidade de uma nova onda.
Goldani apoia que sejam mantidas algumas medidas restritivas, como o uso de máscaras em transporte público. “Acho que ainda deveria ser utilizada. Não podemos afrouxar nesse momento os cuidados, apesar de estarmos com números bem menores do que outros estados e do que um ano atrás”, finaliza.
Fonte: https://www.correiodopovo.com.br/
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