Pelé foi só um, mas o desejo humano de ver novamente alguém como ele em campo fez surgir vários “novos Pelés”, após o Rei encerrar a carreira. Alguns deles tiveram uma trajetória de sucesso. Outros, pararam no meio do caminho, muitas vezes sobrecarregados pelo peso da comparação. Relembre alguns casos:
Juary
Um dos grandes ídolos do Peixe, o ex-atacante Juary sofreu com as comparações dos torcedores que ainda lamentavam a aposentadoria de Pelé, no fim da década de 70. Apesar disso, Juary se consagrou na segunda geração dos Meninos da Vila, no Paulistão de 1978. Campeão europeu com o Porto, em 1987, o jogador passou também por Inter de Milão e Ascoli, na Itália, e construiu uma carreira de sucesso, a exemplo de Robinho.
Robinho
Em 2002, o atacante Robinho comandou o Santos na conquista do primeiro Campeonato Brasileiro da era pós-Pelé, com apenas 18 anos. As comparações com o maior ídolo do clube foram inevitáveis, devido a vários motivos: precocidade, personalidade, semelhança física e dribles desconcertantes. Ao deixar o Peixe em 2005, no entanto, Robinho não conseguiu repetir as grandes atuações dos tempos de Vila Belmiro com a camisa do Real Madrid. Apesar de ter conquistado muitos títulos, inclusive com a seleção brasileira, Robinho não alcançou o patamar imaginado no início de sua carreira e nem sequer chegou perto de realizar seu sonho de se tornar o melhor jogador do mundo.
Dener
Nunca será possível saber onde Dener teria chegado, não fosse o trágico acidente de carro que lhe tirou a vida, aos 23 anos. Revelado pela Portuguesa, o franzino atacante impressionou no início de carreira com sua ousadia e habilidade. Um dos melhores amigos de Edinho, o filho do Rei, Dener chegou a ser comparado com o melhor jogador de todos os tempos. Após sua morte, em 1994, o próprio Pelé falou sobre o talento do jovem e da tristeza com a perda, em entrevista à Folha de S. Paulo.
—Várias vezes falei para o Dener se cuidar, que ele poderia ser o grande ídolo da seleção, pois futebol ele tinha […]. Se tivesse se preparado melhor, quem sabe não seria até melhor do que o Pelé?
Washington
Outro craque do passado que não vingou como herdeiro do Rei foi ex-atacante Washington, morto em 2010. Revelado pelo Noroeste, em 1970, chamou a atenção por sua elegância e semelhança física com o maior craque da história, que jogava sua última Copa do Mundo naquele ano. Com passagens por Guarani, Corinthians e Vitória, Washington frustrou as expectativas dos tempos de Bauru e nunca vingou no futebol.
Fonte: correiodopovo.com.br
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