Líquido usado em ataques em Porto Alegre era ácido sulfúrico


Acervo pessoal / Divulgação

Substância usada principalmente em baterias de veículos foi encontrada nas roupas de cinco vítimas

O Instituto Geral de Perícias (IGP) confirmou no início da tarde desta quinta-feira (27) que a substância usada por um criminoso em ataques na semana passada nos bairros Nonoai e Hípica, zona sul de Porto Alegre, era ácido sulfúrico. A substância, que é muito utilizada em baterias de veículos, foi encontrada nas roupas de cinco vítimas. O delegado Luciano Coelho, titular da 13ª Delegacia, diz que aguarda outros resultados periciais para tentar identificar um suspeito. 

Segundo ele, a polícia já tinha informações de que o produto jogado nas pessoas era o conhecido “ácido de bateria”. No entanto, como a substância é vendida normalmente em alguns tipos de comércio, Coelho afirma que vai ser difícil saber onde foi adquirido. Ele ainda ressalta que o dano à saúde humana depende da quantidade e da qualidade do ácido. O delegado conta com esta informação para confrontar com outros resultados periciais, que estão sendo aguardados. Um deles é a perícia em imagens (de má resolução) de uma placa de um veículo HB20 de cor branca. O carro foi usado em quatro dos cinco ataques, mas ainda não há identificação do automóvel. 

— Estamos mapeando todas as casas entre os bairros Hípica e Nonoai para ver se deixamos escapar alguma que tenha imagens do veículo — diz Coelho. 

Em relação às imagens dos ataques, ele confirma que tem vídeos de quatro casos, também sem boa definição. A polícia segue procurando mais testemunhas e não teve registro de mais casos. Segundo Coelho, todas novas informações que chegaram foram boatos, mas todas foram checadas.

Sobre umacarta com ameaças e instruções para novos ataques— jogada junto com uma pedra nesta semana em uma casa na Rua Dona Zulmira, no bairro Cavalhada —,  a polícia diz que procura testemunhas e novas imagens. O objetivo é confirmar se o fato ocorreu para tentar confundir a investigação ou se tem mesmo ligação com os ataques.

Fonte: gauchazh.clicrbs.com.br