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Estiagem pode provocar queda recorde de 8% no PIB do Rio Grande do Sul em 2022

estiagem dos últimos meses pode provocar um estrago inédito na economia do Rio Grande do Sul. Um estudo apresentado na tarde desta quinta-feira (24) pela Federação da Agricultura do Estado (Farsul) estima que a quebra na produção agrícola terá impacto de até R$ 115 bilhões em todos os setores da economia e levar a um recuo de 8% no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano.

Se esses prognósticos se confirmarem, seria o pior tombo já registrado pela economia gaúcha. Até então, a maior queda foi de 6,8% em razão da combinação entre a pandemia de coronavírus e outra seca sofrida em 2020. Mas o economista-chefe da Farsul, Antonio da Luz, avisa que o cenário poderá ficar ainda pior.

– Esperamos que o PIB caia pelo menos 8%, mas estamos sendo bastante conservadores. Depois da colheita, vamos revisar nossas projeções e poderemos ter de rever esse dado ainda mais para baixo – afirmou o economista.

Se as chuvas se mantivessem em patamares normais, a entidade contava com um aumento de 0,58% no PIB até o final do ano.Os novos números foram apresentados, por videoconferência, para produtores rurais e gestores públicos como o governador Eduardo Leite, a secretária estadual da Agricultura, Silvana Covatti, os senadores Lasier Martins (Podemos) e Luis Carlos Heinze (PP), deputados estaduais e federais, prefeitos e representantes do Ministério da Agricultura, entre outros participantes.

Por trás dos prognósticos sombrios está uma perda de grãos estimada em 14,43 milhões de toneladas devido à falta de chuvas. Para se ter dimensão do que isso representa: seria o suficiente para encher 253,3 mil carretas bitrem (com capacidade individual para 57 toneladas) que, colocadas em linha reta, completariam uma distância de Porto Alegre a Belém e, de lá, de volta até São Paulo.

Em comparação, o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, lembrou que o Estado colheu uma safra total de 37 milhões de toneladas no ano passado – quando o clima favoreceu os produtores.

– Um ano depois, estamos com perdas exponenciais. O Plano Agrícola para o ano que vem prevê menos recursos, e o custo dos insumos aumentou 50%. Estamos vivendo o pior dos cenários – afirmou Pereira.

Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/

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