A importância da representação feminina nas finanças e a ocupação de cargos de lideranças foram os temas do painel “Women Paving the Way for Other Women: The Importance of Female Representation in Finance”, nesta quinta-feira, durante o South Summit Brazil 2023, no Cais Mauá. Dirigentes de grandes fundos de investimento reforçam que a diversidade e a inovação cada vez mais ganham relevância no mundo corporativo.
Sócia fundadora da Sororitê – que é uma rede que conecta empreendedoras e investidoras -, Erica Fridman destaca a importância de garantir acesso a capital a startups lideradas por mulheres. “Historicamente temos muitos ‘anjos’ masculinos, mas tem surgido fundos liderados por mulheres”, observa. Conforme Erica, a participação feminina à frente de fundos de investimentos focados em empresas vem apresentando crescimento no Brasil.
O movimento de fomento ao investimento Mulheres Investidoras Anjo (MIA) observa que a diversidade nos fundos de investimento é fundamental. A fundadora do MIA, Maria Rita Spina Bueno, lembra que há alguns anos o segmento era dominado por homens brancos entre 40 e 50 anos. “É um novo meio de fomento para que a gente possa fazer mais mulheres investirem em empreendedoras e empreendedores, para que a gente possa botar todo mundo junto e misturado para investir junto”, avalia
Ela reforça que o grande desafio é ser aceito “da forma como a gente é” e ter competência reconhecida. “Não conheço nenhum investidor em inovação que não tenha também a vontade de construir um mundo melhor. Quando a gente leva isso a última consequência, a gente entende o que é impacto e o que todo negócio precisa ter”, compara, lembrando que no início da carreira havia pouca diversidade no ecossistema de investimentos. “Inovação precisa de diversidade, mais mulheres, pretas, periferia, territórios diversos”, destaca.
Diretora da VOX Capital, Livia Brando afirma que a participação das mulheres no segmento pode abrir caminho para outras empreendedoras. “Tem mulheres tão competentes quanto homens para qualquer vaga”, afirma. Ana Martins, sócia do fundo de investimentos Atlantico, explica que no início da carreira contou com apoio de sócios homens, mas o maior desafio foi construir sua credibilidade. “Os homens têm papel muito importante nesse ecossistema”, conclui.
Fonte: correiodopovo.com.br
