Economista da Rede, Eduardo Giannetti diz que lei trabalhista precisa ser simplificada

Eduardo Giannetti- assessor econômico da rede

Ele afirmou ainda que o custo de contratação precisa ser reduzido; assessor econômico da Rede deu entrevista à GloboNews.

O assessor econômico da Rede Sustentabilidade, Eduardo Giannetti, afirmou nesta quinta-feira (25) que a lei trabalhista precisa ser simplificada e o custo de contratação, reduzido.

A declaração foi dada durante entrevista à GloboNews, que, nesta semana, entrevista os responsáveis pela área econômica das campanhas dos postulantes ao Palácio do Planalto nas Eleições 2018.

O economista disse que a reforma trabalhista aprovada em 2017 foi feita “para diminuir a insegurança jurídica e acabou aumentando a insegurança jurídica, porque a MP (Medida Provisória) não foi renovada, ficou uma incerteza total e não se sabe mais o que está valendo no Brasil”.

“Nós vamos ter que simplificar a legislação, sem abrir mãos de direitos, mas com clareza, com uma definição clara do que pode e do que não pode. Temos que diminuir o custo de contratar no Brasil. Nós temos uma proposta aqui que é séria: cobra-se hoje de imposto salarial diversos tributos que não deveriam estar lá”, afirmou o economista.

“Eu acho que a direção de que o acordado prevalece sobre a letra da lei é a direção correta. Nós precisamos ter mais liberdade”, afirmou Giannetti. “Para que haja essa negociação madura entre capital e trabalho, os dois lados têm que estar com representação organizada. Nós precisamos de uma estrutura sindical que represente os trabalhadores, para que eles possam negociar e chegar a bons termos.”

Contas públicas e teto de gastos

“Nós acreditamos que um período de dois anos é suficiente para zerar o déficit primário. Isso depende de uma série de medidas”, disse Giannetti. “Nós vamos ter que rever muitas isenções e desonerações, há uma pletora de isenções tributárias no Brasil”, afirmou ele, mencionando ainda os gastos com funcionalismo. “Se você reduzir pela metade esse excesso de remuneração dos servidores federais, você economiza cerca de 0,9% do PIB. Então tem muita coisa para fazer.”

O economista comentou ainda a regra do teto para os gastos públicos, que considera “muito rígido”. Ele afirmou ainda que a medida requer que a Previdência seja reformulada. “Não adianta ter o teto se não tem os fundamentos, e o fundamento maior de todos é a reforma da Previdência.”

“(O teto) teria sido positivo em um encaminhamento correto, em que você começa pelos pilares, começa pelas paredes e depois estabelece algum limite, como por exemplo o crescimento do gasto público no máximo, no limite, metade do crescimento do PIB. Nós consideramos uma regra melhor do que o teto, que é muito rígido. Você congelar por dez anos em termos reais o gasto público é uma medida excessiva na nossa visão.”

Fonte: g1.globo.com