Dólar abre em queda e chega a R$ 4,90

 Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil / CP

O dólar segue em queda no mercado local nesta quinta-feira, 13, voltando a acompanhar a tendência internacional da moeda americana. Mas a liquidez é reduzida, num dia de agenda fraca. Às 9h35, o dólar à vista caía 0,44%, a R$ 4,9201. O dólar maio tinha queda de 0,02%, a R$ 4,9320. Na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, o contrato futuro de primeiro vencimento da divisa subia 0,13%, a R$ 4,94. O dólar chegou a cair 0,74% nesta manhã, para R$ 4,9043, menor nível intradiário desde a primeira quinzena de junho do ano passado.

As atenções ficam em indicadores dos EUA. O índice PPI caiu 0,5% em março ante fevereiro; previsão estável. O núcleo do PPI sobe 0,1% em março ante fevereiro; previsão +0,2%. O PPI dos EUA subiu 2,7% na comparação anual de março e o núcleo do PPI avançou 3,6%. Já os pedidos de auxílio-desemprego subiram 11 mil na semana, a 239 mil; previsão 235 mil.

O mercado de câmbio responde à tendência internacional de baixa da moeda norte-americana. Euro, libra e iene se valorizam pela manhã, após ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) publicada na quarta à tarde indicar projeção de que os EUA deverão enfrentar uma leve recessão no fim do ano, em função da recente turbulência no setor bancário. Há expectativas ainda pela apresentação do texto do arcabouço fiscal do governo Lula ao Congresso até este sábado.

Um apetite leve por ativos de risco se sustenta também, embalado por indicadores europeus e um forte superávit comercial da China divulgados mais cedo. A produção industrial da zona do euro subiu 1,5% em fevereiro ante janeiro, acima da expectativa e, na Alemanha, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) desacelerou para 7,4% em março, ante 8,7% em fevereiro. E a China revelou também uma inesperada alta nas exportações de março e queda nas suas importações, resultando num superávit comercial bem acima do previsto.

Na China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou sua terceira visita de Estado ao país. Lula acompanhou a posse da ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff na presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), o chamado banco dos Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O presidente reuniu-se também, em Xangai, com o CEO da empresa de veículos elétricos BYD, Wang Chuanfu. A companhia chinesa negocia uma fábrica de automóveis elétricos em Camaçari, na Bahia.

Já o presidente do Conselho da China Communications Construction Company (CCCC), Wang Tongzhou, a maior empresa de construção civil na China, propôs ao presidente Lula a criação de mecanismos de troca direta entre o yuan, a moeda chinesa, e o real, como uma forma de facilitar transações financeiras entre os dois países.

Fonte: correiodopovo.com.br