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Com prevalência na zona rural, população indígena do RS aumenta em 12 anos

População indígena vivendo fora das demarcações no RS também aumentou no período

População indígena aumenta no RS | Foto: Maria Eduarda Fortes / CP Memória

A população indígena do Rio Grande do Sul aumentou entre 2010 e 2022, conforme os dados revelados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Em 2022, foram registrados 36.102 mil indígenas que vivem no Estado, enquanto em 2010 eram 34.001. Ao contrário da média nacional, onde a maioria dos indígenas, mais da metade, já vivem em zona urbana, no Rio Grande Sul cerca de 60% reside na zona rural, cerca 21 mil pessoas, um aumento de 2% em relação ao Censo de 2010. Destes, 14 mil vivem em terras indígenas, cerca de 76%.

Em 2010, 86,31% da população indígena que vivia na zona rural tinha domicílio em territórios indígenas. Dos 19, 8 mil indígenas, apenas 2,7 mil moravam fora da demarcação indígena. Hoje são mais de 7 mil.

Tanto vivendo na zona rural, quanto vivendo em perímetros urbanos, em 2022 foram registrados mais indígenas domiciliando fora do território indígenas do que em 2010.

Em 2010, de 46% da população indígena do RS morava fora do território indígena. Em 2022, esse número saltou para 56%.

Censo 2022

Segundo o IBGE, as variações da população indígena urbana, de 2010 para 2022, não se devem apenas a componentes demográficas ou deslocamentos entre áreas urbanas e rurais, mas também a uma melhor captação da população indígena pelo Censo 2022, inclusive em áreas urbanas.

A idade média da população indígena urbana fora de terras indígenas é de 32 anos. Já a população indígena rural dentro de terras indígenas tem idade mediana de 18 anos.

Entre os indígenas, a população masculina supera a feminina em vários recortes, chegando a 106,65 homens para cada 100 mulheres em áreas rurais fora de terras indígenas. Mas em áreas urbanas fora de terras indígenas, a razão de sexo dos indígenas (89,37 homens para cada 100 mulheres) é menor que a da população urbana do país (91,97 homens para cada 100 mulheres).

De 2010 a 2022, o analfabetismo entre os indígenas teve reduções significativas. Houve queda de 8,35 pontos percentuais na taxa de analfabetismo das pessoas indígenas e de 11,5 pontos percentuais na taxa de analfabetismo entre pessoas indígenas que residem dentro de Terras Indígenas. No entanto, essas taxas (15,05% e 20,8%, respectivamente) ainda estão acima da média da população do país (7,0%). As maiores reduções das taxas de analfabetismo ocorreram entre a população indígena residindo em áreas rurais.

Fonte: https://www.correiodopovo.com.br/

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