Após dois meses na fila de espera, a pequena Lavínia Cruvinel conseguiu o tão esperado coração, que foi transplantado na quarta-feira (30). A garota, de dez anos, foi diagnosticada com miocardiopatia hipertrófica, aos seis meses de vida.
A condição, segundo o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento, é uma doença que pode ser congênita ou adquirida, e provoca intensa sobrecarga dos ventrículos do coração, reduzindo a capacidade de encher as cavidades com sangue.
Em uma cirurgia de quatro horas, Lavínia recebeu o coração doado por uma família, dos quais os dados são mantidos em sigilo. Ela faz parte das mais de 3 mil pessoas que já receberam um órgão transplantado em 2023, de acordo com dados do SNT (Sistema Nacional de Transplantes) do Ministério da Saúde (atualizados até 5 de junho).
Atualmente, o Brasil encontra-se com uma fila de 39.303 pessoas que aguardam um órgão, das quais, 36.132 (92%) são apenas para o transplante de rim, segundo o SNT.
“Se considerarmos a adição de tecidos, como pele e córnea, a fila se torna ainda mais extensa”, afirma o nefrologista Valter Duro, da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos).
O médico nefrologista Filipe Maset, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica o motivo do crescimento da espera. Um deles foi a pandemia, que diminuiu a circulação de pessoas e, consequentemente, mortes por acidentes, por exemplo, que poderiam resultar em mais doações.
Fonte: correiodopovo.com.br
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