O ciclone extratropical atinge com força o Rio Grande do Sul. Em decorrência dos estragos, diferentes cidades gaúchas decretaram situação de emergência e esperam a homologação dos governos estadual e federal. A medida, caso aprovada, possibilita os municípios a receberem aportes extras para a recuperação de danos causados pelo fenômeno.
Além disso, a situação de emergência cria um regime especial dentro da cidade, possibilitando que compras de insumos para ajudar os afetados pelo ciclone possam ser feitas sem licitação, por exemplo. O balanço mais recente da Defesa Civil Estadual aponta 1.538 desabrigados no RS, e os desalojados chegam a 13.824.
Entre outras medidas, o decreto também permite a convocação de voluntários para auxiliar na realização de diferentes ações e realizar campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade com o objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada; e possibilita, que autoridades administrativas e agentes de Defesa Civil entrem em residências, mesmo sem o consentimento do morador, para prestar socorro, ou determine a evacuação do local.
Um dos municípios que decretou situação de emergência é Caraá. O decreto saiu ainda no último domingo, segundo a Defesa Civil local, e a cidade continua com uma pessoa desaparecida após a passagem do ciclone.
Um dia antes, no sábado, Montenegro declarou situação de emergência, segundo a prefeitura da cidade. Conforme balanço divulgado nessa segunda, o município contabilizava ao menos oito mil afetados pelo ciclone.
Novo Hamburgo fez o decreto na última sexta-feira, de acordo com a Defesa Civil da cidade. O município sofreu uma série de alagamentos e é ameaçado pela cheia observada no rio dos Sinos. Esteio também decretou a situação de emergência na sexta-feira, conforme a prefeitura. Em 24 horas choveu na cidade em torno 188,8mm, valor que supera a média histórica para o mês.
A prefeitura de Ivoti decretou a situação de emergência na sexta-feira. Além disso, a administração municipal alerta sobre os riscos de deslizamentos de barrancos e encostas, e pede para que a comunidade evite áreas de risco.
São Leopoldo decretou na sexta-feira estado de calamidade pública. Esse documento determina a criação de um comitê emergencial composto por representantes do gabinete do prefeito, das secretarias municipais e de outros órgãos.
Em Santo Antônio da Patrulha, a prefeitura se organiza para decretar a situação de emergência. Durante toda essa semana, a Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente (Semam) vai realizar coletas de resíduos volumosos, gerados devido às chuvas.
Aprovação do Estado
Em contato com a reportagem, todos os municípios consultados ressaltaram que estão mobilizados em relação à documentação com o objetivo de obterem a chancela do Estado.
Porto Alegre
Porto Alegre até o momento não decretou, nem pretende decretar situação de emergência. A medida, contudo, pode ser revista e será informada à população caso seja viável, conforme a assessoria da prefeitura da Capital.
Fonte: correiodopovo.com.br
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