Defesa Civil distribuiu lonas e acolheu moradores em abrigo emergencial nesta terça-feira
A região Sul do Estado, a primeira gaúcha a ser impactada pelo ciclone Yakecan, já começa a contabilizar os primeiros efeitos provocados pelo fenômeno. Até a noite desta terça-feira, a Defesa Civil e a Prefeitura de Rio Grande, município mais afetado da região, reportaram casas destelhadas, árvores caídas, poste em curto-circuíto, e moradores que precisaram ser acolhidos em um alojamento improvado porque foram impedidos de retornarem para suas casas em decorrência do ciclone.
Na tarde desta terça-feira, os ventos chegaram a 97 km/h na cidade. Durante a noite o vendaval perdeu força e, por volta das 20h, já registrava velocidade de 78 km/h. A orientação para que os moradores evitem deslocamentos pela cidade segue sendo reforçado pela Defesa Civil.
Na Barra, o mar avançou em direção ao continente e alcançou a BR 392. As águas também cobriram parte do Molhes deixando, inclusive, um pescador ilhado nas pedras por alguns minutos até conseguir sair do mar em segurança.
Três casas foram destelhadas no Central Parque, no bairro Nossa Senhora de Fátima e na Vila Maria dos Anjos. As famílias foram atendidas pela Defesa Civil, receberam lonas e permanecem em suas residências. Ninguém ficou ferido.
Seis árvores caíram no Cassino. Na rua Itaqui, um galho caiu e obstruiu a via. Já na rua Henrique Bulle uma árvore de grande porte caiu por inteira. Todos os casos estão sendo atendidos pela Defesa Civil. No bairro Jardim do Sol, três árvores estão em risco de cair na rua João Oliveira. O mesmo acontece na esquina das ruas Ernesto Alves e Bento Gonçalves, no bairro Cidade Nova.
Também segue a falta de energia em alguns pontos do Cassino e da cidade. Na rua Isodoro Branco, no bairro Castelo Branco, um poste chegou a entrar em curto-circuito. Na rua das Chácaras da Querência um poste com transformador caiu. Na BR-392 – nas imediações dos terminais da Tergrasa e Termasa – dois postes estão em risco de cair sobre a pista.
Abrigo emergencial
A Defesa Civil e as secretarias de Cidadania e Mobilidade prestaram apoio para um grupo de 120 moradores de São José do Norte que não conseguiu fazer a travessia de volta para a sua cidade. Parte das pessoas foi transportada para casa de parentes ou amigos e aproximadamente 80 pessoas retornaram para a cidade em uma lancha do estaleiro EBR.
Em São José do Norte, um grupo de 30 moradores de Rio Grande ficou sem conseguir retornar para casa devido a falta de lanchas. Parte foi encaminhada para um abrigo emergencial montado pela prefeitura e o restante ainda espera uma possível “carona” para Rio Grande. A situação está sendo acompanhada e gerida pela Prefeitura de São José do Norte.
Não há registro de alagamentos, desalojados ou vias interrompidas até o momento. As aulas na Rede Municipal de Ensino devem ser retomadas normalmente nesta quarta-feira.
Fonte: https://www.correiodopovo.com.br/
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