Adolescente é apontado como um dos suspeitos da morte de motorista de aplicativo em Viamão

Delegado diz que Paulo Jocemar Machado Gonçalves, de 43 anos, estava trabalhando quando foi assassinado no dia 9 de julho. Menor, de 17 anos, estava na casa da mulher que solicitou a corrida momentos antes do crime, segundo a polícia.

Um adolescente de 17 anos está entre os suspeitos de envolvimento no assassinato do motorista de aplicativo Paulo Jocemar Machado Gonçalves, de 43 anos, em Viamão. A investigação da Polícia Civil constatou que a vítima estava trabalhando no momento em que foi morta a tiros. O crime aconteceu no dia 9 de julho na Região Metropolitana de Porto Alegre.

“Esse adolescente está figurando como principal suspeito porque ele estava na casa da mulher que fez a chamada e, dias depois, foi apreendido em uma situação com uma arma de fogo”, justifica o delegado responsável pelo caso, Guilherme Calderipe.

Nesta sexta-feira (19), o delegado pediu à Justiça autorização para ouvir o jovem, que foi apreendido pela Brigada Militar em Porto Alegre por estar dentro de um carro onde foi encontrada uma pistola 9 milímetros – mesmo armamento usado para matar Paulo.

Desde então, o jovem está internado na Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase). A Polícia Civil trata o crime como latrocínio.

“Pelo que foi apurado até agora, foi uma situação de latrocínio, porque a chamada do aplicativo foi para um motorista aleatório, provavelmente tinham a intenção de roubar”, afirma o delegado.

A polícia ouviu as duas mulheres que solicitaram as últimas duas corridas que constam na conta do motorista no aplicativo 99 POP. A autora da última chamada relatou que precisou cancelar a corrida porque o carro estava demorando muito a chegar. A partir do depoimento, o delegado concluiu que Paulo foi morto após atender a penúltima corrida.

A chamada anterior havia partido de uma casa no Morro Santana, em Porto Alegre.

“A gente identificou a pessoa que fez a chamada, localizou ela, e ela também já foi ouvida. Daí é que surgiram nomes de vários suspeitos que estavam na casa dela. Uma pessoa pediu para ela chamar o motorista, e ela utilizou o telefone dela para fazer a chamada”, relata o delegado, acrescentando que a mulher afirmou não saber que o crime seria cometido.


A dona do celular que fez a chamada não soube informar quem ou quantos entraram no veículo. A polícia acredita que, além do adolescente, outras duas pessoas estejam envolvidas.