A Polícia Federal realizou operação na manhã desta terça-feira (26) para prender suspeitos de matar o cacique Antônio Mig Claudino na Reserva Indígena Serrinha, em Ronda Alta. O crime ocorreu em 2017.
Os policiais federais tinham nove mandados de prisão e 10 de busca e apreensão a cumprir nos municípios gaúchos de Pelotas, Ronda Alta, Planalto, Constantina e Três Palmeiras, e em Chapecó, em Santa Catarina.
Até o começo da tarde, oito pessoas haviam sido presas.
O inquérito policial apurou que o crime foi minuciosamente planejado, tanto para garantir a execução da vítima quanto para prejudicar a investigação. Ao menos uma testemunha do crime teria participado da ação, com o objetivo de atrair o cacique e, posteriormente, fornecer informações desconexas aos policiais.
Conforme a PF, a investigação indica que dois “matadores” que atuam no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina foram contratados por pelo menos quatro indígenas da região para realizar a execução, motivada pela disputa da liderança, dinheiro oriundo de arrendamento de terras indígenas e vingança.
Durante os dois anos de investigação, diversas diligências foram realizadas, inclusive a reconstituição do crime. A PF ouviu aproximadamente 60 pessoas, realizou perícias e houve troca de informações com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
A operação tem como objetivo confirmar a participação dos investigados no homicídio e acrescentar novos elementos às informações já coletadas. A operação tem o apoio das polícias Militar e Civil do estado de Santa Catarina.
Fonte: g1.globo.com
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