
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) confirmou oficialmente a ocorrência do La Niña em 2025. Isso significa que a temperatura da superfície do Oceano Pacífico está abaixo da faixa considerada normal e será capaz de provocar influências no clima.
O evento está associado a mudanças no regime de chuva e temperatura em várias regiões do planeta. No Rio Grande do Sul, historicamente, favorece a redução dos volume e da frequência de chuva.
A Climatempo destaca que, diante da atual condição, o Estado pode observar a precipitação de forma mais espaçada nos próximos meses.
Conforme o anúncio da NOAA, o fenômeno se estabeleceu em setembro, com fraca intensidade e de curta duração. Desta forma, terá menor influência nos padrões climáticos regionais, mas ainda pode gerar impactos perceptíveis.
A previsão já era apontada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), em meio ao resfriamento sequencial das águas do Pacífico
A tendência é que o La Niña atue até o verão, com tendência de enfraquecimento gradual a partir do primeiro trimestre de 2026.
Probabilidade e duração
A Climatempo indica que o boletim oficial da NOAA mostra mais de 70% de chance de permanência do La Niña até fevereiro do próximo ano.
Entre janeiro e março de 2026, há 55% de probabilidade de transição para a neutralidade climática.
Impactos no Brasil
Embora seja considerado fraco, de acordo com a Climatempo, o fenômeno pode alterar os padrões de chuva e temperatura no país. Historicamente, está associado a:
- Chuvas mais regulares no Norte e no Nordeste
- Períodos mais secos no Sul
- Temperaturas mais amenas no Centro-Oeste e Sudeste
O que é o La Niña
O La Niña é um fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento da superfície das partes central e leste do Oceano Pacífico equatorial. É o oposto do El Niño, o qual se diferencia por um aquecimento acima da média.
Ambos fazem parte do ciclo conhecido como El Niño-Oscilação Sul (ENOS) e são considerados importantes porque a situação dos oceanos impacta diretamente na atmosfera.
A mudança na temperatura da água do Pacífico está associada a alterações na circulação atmosférica tropical, influenciando os regimes de vento, de chuva e também nos termômetros.
De 2020 a 2023, por exemplo, ocorrências de La Niña persistentes provocaram efeitos no Rio Grande do Sul, como a redução no volume e na frequência da precipitação, assim como na temperatura que, por vezes, ficou abaixo da média no Estado.
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