Levantamento divulgado nesta quinta-feira, 31, pela Farsul aponta aumento de 2,1% em setembro
Resultado atingido em setembro representa o quinto percentual inflacionário na produção de leite desde janeiro | Foto: Gadolando / Divulgação / CP
Gastos com concentrado, silagem e energia elétrica representaram os principais fatores para o aumento de 2,1% no Índice de Insumos para Produção de Leite Cru do Rio Grande do Sul (ILC) no mês de setembro. O resultado do estudo foi divulgado nesta quinta-feira, 31, pela Assessoria Econômica da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).
O relatório salienta que o apurado em setembro representa a quinta leitura com inflação do ILC desde janeiro. Em agosto, o índice registrou deflação (-0,9%). O ILC considera uma cesta de produtos que representam 80% dos custos da produção do leite cru.
Além dos três itens considerados os principais para a majoração ocorrida em setembro, o relatório destacou o desempenho do milho, que encerrou o mês com alta de 7,7%. Também houve aumento no preço da soja, o que encareceu a alimentação animal.
O movimento inflacionário foi abrandado por uma queda de 2,9% no preço dos fertilizantes, reflexo da desvalorização do barril de petróleo. O relatório destaca que a energia elétrica registrou, até o momento, sete altas consecutivas, resultando em um aumento de 9,98% no período.
No acumulado do ano, o ILC ainda se mantém deflacionário, em 3,58%. É um comportamento que segue a tendência apresentada no Índice dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR), que apresenta uma queda de 7,55% em 2024. No acumulado em 12 meses, o índice segue com uma leitura deflacionária, com queda de 1,83%.
Muitos insumos da cesta do ILC apresentam altas significativas nos últimos 12 meses, como energia elétrica (9,1%), silagem (6,4%) e combustíveis (4,3%), o que, de acordo com Farsul, reforça a expectativa de que o ILC feche o ano com inflação.
Para outubro, a previsão da Assessoria Econômica da Farsul é de aumento da soja e do milho, além de apreciação do preço do barril de petróleo e do câmbio, elevando preços de fertilizantes e combustíveis. É esperado, portanto, que o movimento inflacionário continue, afirma a equipe da federação.
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