Ministro da Economia avalia que cada R$ 1 de aumento do mínimo resulta em R$ 300 milhões de despesas a Estados, municípios e União
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou a um grupo de parlamentares que ainda poderá ser proposto um aumento real nos salários mínimos, caso a economia brasileira dê sinais de recuperação.
“Por uma questão de prudência, nós temos a oportunidade de, até o dia 31 de dezembro, criar uma nova trajetória para os salários mínimos. Então, achamos prudente observar se as reformas fiscais criam um espaço e, naturalmente, isso pode ser usado lá na frente”, afirmou Guedes na Comissão Mista de Orçamento.
Para o ministro, o reajuste do salário mínimo tem um “impacto devastador” nas finanças dos Estados, municípios e da União. “Para cada R$ 1 de aumento do salário mínimo são R$ 300 milhões de despesas”, analisa ele.
Apesar da fala, Guedes diz reconhecer a importância da evolução das remunerações. “Os salários são algo fundamental, principalmente para as classes mais pobres, porque é o que empurra o consumo”, observa o ministro, que completa: “É pouco para quem recebe, caro para quem paga e desastroso para o buraco fiscal.”
Segundo Guedes, o Ministério da Economia não definiu uma política de reajuste do salário mínimo para o período de três anos, como aconteceu nos governos anteriores com a correção baseada no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do ano e a taxa de crescimento real do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.
O índice de reajuste do mínimo para os anos de 2020, 2021 e 2022 consta no PLDO 2020 (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias), apresentando pelo Ministério da Economia. A proposta estabelece que a remuneração mínima será de R$ 1.040 em 2020 (), R$ 1.082 em 2021 e de R$ 1.123 para 2022.
Fonte: Correio do Povo
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