O governo da Flórida, nos Estados Unidos, afirmou nesta sexta-feira (30), que 23 pessoas morreram em decorrência da passagem do furacão Ian pelo Estado e outras centenas ainda estão desaparecidas. Veículos de imprensa norte-americanos, como a CNN, citam 45 vítimas.
Após enfraquecer e se transformar em tempestade tropical, o Ian voltou a ganhar força e retornou à categoria de furacão enquanto segue para a Carolina do Sul, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês). Na Flórida, o fenômeno deixou um panorama de cidades devastadas, milhões de pessoas sem energia elétrica e temores de que o custo humano possa ser elevado.
O presidente estadunidense Joe Biden, durante uma visita ao escritório da agência federal que combate desastres naturais, a FEMA, em Washington, afirmou que esse pode ser o furacão mais letal da história da Flórida.
— Os números ainda não são claros, mas recebemos informações que dão conta de uma perda substancial de vidas — completou.
Em entrevista coletiva na noite de quinta-feira (29), o governador da Flórida, Ron DeSantis, disse que esperava inúmeras mortes causadas pelo furacão. Ele não forneceu um número provisório, preferindo esperar a confirmação do balanço oficial. DeSantis declarou que mais de 700 resgates foram confirmados.
Milhões sem luz
Na tarde de quarta-feira (28), Ian tocou a terra ainda como furacão de categoria 4 (em uma escala que vai até 5) no sudoeste da Flórida, antes de continuar seu avanço pelo Estado, com fortes ventos e chuvas torrenciais. Na noite de quinta-feira, mais de 3 milhões de residências ou comércios permaneciam sem luz, de um total de 11 milhões, segundo o site especializado PowerOutage.
Punta Gorda, um pequeno povoado costeiro localizado na trajetória do furacão, amanheceu sem energia elétrica. Enquanto os bombeiros e a polícia percorriam as ruas para avaliar os danos, uma escavadeira retirava folhas de palmeiras caídas.
Desastre natural maior
Diante da magnitude dos danos, Biden declarou estado de “desastre natural maior”, uma decisão que permite liberar fundos federais adicionais para as regiões afetadas. Embora debilitada, a tempestade Ian continuou seu curso destrutivo rumo à Carolina do Sul e depois Carolina do Norte e Geórgia, no sul dos Estados Unidos.
O NHC informou que o fenômeno provocou ventos de até 140 km/h e inundações “catastróficas” no centro-leste da Flórida. Ian, que mais cedo havia sido relegado a tempestade tropical, recuperou força e avança para o norte com potência de furacão, segundo o boletim atualizado.
O fenômeno tem condições “potencialmente mortais”, que incluem inundações, marés de tempestade e rajadas fortes. Segundo especialistas, à medida que a superfície dos oceanos se aquece, aumenta a frequência dos furacões mais intensos, com ventos mais fortes e mais chuvas, mas não o número total de furacões.
Fonte:https://gauchazh.clicrbs.com.br/
Comments Closed