O cultivo da soja se desenvolve bem nos Campos de Cima da Serra e na região do Planalto e do Alto Jacuí, áreas onde ocorreram chuvas de até 60 milímetros na sexta-feira e em que a chuva deve continuar, como descreve o presidente da Associação dos Produtores de Soja do Rio Grande do Sul (Aprosoja-RS), Carlos Fauth. Enquanto isso, ele afirma que na região das Missões a situação é “razoável” e, nas fronteiras Leste e Oeste, se encontram as regiões que sofrem mais com a estiagem. De acordo com ele, o plantio já foi concluído no final de dezembro, assim, no Estado há soja em estágio de desenvolvimento vegetativo e de floração.
“No geral, a situação do Rio Grande Sul para a cultura de soja está dentro do esperado e deve gerar uma produção em torno de 20 milhões de toneladas”, afirma. “A cultura da soja, até por sua raiz mais profunda e menos necessidade de chuva, está bem. A tendência é de que volte a chover mais, então eu acredito que até o momento a produção ainda não está comprometida”, diz. Assim, ele afirma que, se as previsões climáticas se confirmarem, a soja no Estado não deve enfrentar uma quebra de safra, como ocorreu em 2021/2022, quando houve perda de 52%.
De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater-RS/Ascar da última quinta-feira, é possível que haja perdas de produtividade da soja em razão da estiagem nas regiões de Bagé, Ijuí, Pelotas e Santa Maria, mas, segundo o informativo, ainda há chance de recuperação. Ainda segundo a Emater, as principais práticas de manejo para uma boa produtividade são o controle de ervas daninhas para evitar a competição por água e nutrientes e o monitoramento de pragas, em especial dos ácaros.
Fonte: correiodopovo.com.br
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