Notícias

Cresce apoio de entidades ao agronegócio gaúcho

Foto: Rafael Fontana / Divulgação / CP

Aumentou para quase 200 o número de entidades manifestando apoio aos produtores rurais gaúchos que enfrentam prejuízos acumulados com os eventos climáticos extremos. As instituições assinam nota conjunta divulgada, no final de maio, pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul), preocupada com os impactos financeiros em todo o sistema econômico do Estado a partir das perdas no campo.

O presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, explica o envolvimento solidário da instituição com a situação dos agricultores esclarecendo que a frente de apoio tem como característica ser multissetorial.

“Entendemos que o Rio Grande do Sul tem uma dependência muito forte do agronegócio, toda a economia e desenvolvimento social está atrelado a atividade primária. Você começa por uma safra de soja, arroz e de trigo, por exemplo, que depois vai movimentar os fretes, os transportes, a agroindústria, o comércio e os serviços”, pontuou.

Segundo ele, nas últimas décadas são observados grandes problemas de déficits atrelados às severas estiagens e à enxurrada de 2024. “Você tem, inclusive, uma ruptura na arrecadação dos municípios e do governo que perde a capacidade de fazer investimentos e melhorar o ambiente de negócios”, alertou.

Costa defendeu que os produtores rurais atingidos foram vítimas de uma tragédia climática e não são culpados pelas frustrações das safras dos últimos quatro anos. “Temos que identificar quem são as vítimas por laudo agronômico demonstrando a perda da safra, assinado com uma anotação de responsabilidade técnica. O próprio governo e os bancos têm condições de verificar se o município esteve em calamidade e emergência”, disse.

O apoio articulado pela Federasul e demais entidades cobra ações públicas excepcionais para os atingidos. Incluem a prorrogação de dívidas rurais com juros controlados, conforme o Manual de Crédito Rural, mediante laudo agronômico; a securitização de obrigações vencidas e a vencer, vinculadas às perdas climáticas; a criação de um fórum técnico para elaboração de um modelo de gestão de crise, voltado a pequenos e médios produtores; entre outros.

Costa finaliza destacando que muitos produtores rurais não precisavam estar passando por uma situação tão grave, social e econômica, se tivessem reservas de água e irrigação a partir de uma postura mais assertiva do Estado em relação ao uso sustentável de tecnologias.

“Estamos ‘sentados’ sobre uma abundância de água e continuamos sem capacidade de armazená-la”, criticou o presidente da Federasul, ao comentar o ciclo de estresse hídrico que assolou o Estado nos últimos anos, o mais recente no verão 2024/2025.

Fonte: https://www.correiodopovo.com.br/

About Rádio Cidade

No information is provided by the author.

Comments Closed

Comments are closed. You will not be able to post a comment in this post.