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Congresso cerealista debate futuro da soja

Evento nacional do setor tem início nesta quinta-feira, 21, em Garibaldi, na Serra Gaúcha, e se estende até sábado, 23, com perspectiva de participação de cerca de mil pessoas

Evento examinará os cem anos da cultura da soja no país e a contribuição da biotecnologia na lavoura | Foto: Wenderson Araujo / Agência Brasil / Divulgação / CP

O futuro da cultura da soja e o impacto da biotecnologia sobre a atividade constituem os principais debates do 2º Congresso Cerealista Brasileiro, que se inicia nesta quinta-feira, 21. Promovido pela Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra), o evento, realizado no Boulevard Convention, em Garibaldi, na Serra Gaúcha, se estende até sábado, 23, com a expectativa de participação de cerca de mil pessoas .

“Mandei colocar uma lona do lado de fora para ampliar o espaço. Lotação completa. Atingimos 400 inscrições, mas tem todo aquele público variável”, disse Jerônimo Goergen.

Em 2023, na primeira edição, em Foz do Iguaçu (PR), o encontro somou 320 inscritos.

“No ano passado, fizemos um congresso mais fechado. Nossa ideia era mostrar para os cerealistas sua capacidade de mobilização e de articulação. Foi um sucesso. Agora, decidimos abrir para todos os parceiros de negócios dos cerealistas”, explica o presidente da Acebra, salientando o slogan adotado para a iniciativa em 2024, “Conexões que geram valor”.

O debate sobre a lavoura da soja no Brasil e a contribuição oferecida pela biotecnologia será contemplado pelos painéis previstos para sexta-feira, 22.

“O ponto máximo do Congresso são os cem anos da soja, onde queremos debater o futuro do principal grão do Brasil, e também a biotecnologia. Queremos avaliar os erros e os acertos dessa lavoura centenária e o quanto a biotecnologia influenciou e o quanto influenciará”, afirmou o dirigente.

Nos painéis de sexta-feira também serão examinados temas como a reforma tributária, as mudanças no financiamento do agronegócio, a transição energética, logística e infraestrutura, insumos e bioinsumos.

“A questão tributária é nosso maior gargalo”, afirma Goergen.

A programação inclui ainda iniciativas de caráter prático, desde a apresentação do selo comemorativo aos cem anos da cultura da oleaginosa no país ao lançamento da plataforma CerealCred.

Desenvolvida em parceria com a fintech paulista Farmtech, a plataforma foi criada para suprir demandas de capital das revendas associadas, por meio digital. A operação inicial tem potencial de R$ 500 milhões, com um ticket médio estimado de R$ 10 milhões por empresa e adesão prevista de cerca de 50 associados.

Expansão da Acebra

Na manhã de sábado, Goergen terá a oportunidade de detalhar aos integrantes da Acebra os resultados dos esforços para expansão da entidade, que poderá ter filiados em 11 unidades federativas até o início do encontro. “Assumi meu mandato com associados de Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Agora, estamos em Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Piauí. Estamos fechando com Goiás e São Paulo. Devemos chegar ao congresso com associados de todos esses estados, com chance de incluir a Bahia”, antecipou.

“É um orgulho conduzir a associação nacional num momento de crescimento e fazer o segundo congresso no meu estado”, acrescentou Jerônimo Goergen.

O presidente da entidade, cujo mandato se estende até março de 2025, receberá uma homenagem na quinta-feira, quando receberá o título de Cidadão do Município de Bento Gonçalves, na Câmara Municipal.

Fonte: https://www.correiodopovo.com.br/

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