A Polícia Civil divulgou, na manhã desta segunda-feira (23), detalhes da investigação sobre a morte a tiros do sargento da reserva, Ezequiel Freire dos Santos, de 50 anos, em Novo Hamburgo. De acordo com o delegado Márcio Niederauer, a atual companheira dele, de 40 anos, seria a mandante do crime, que aconteceu no dia 10 de dezembro.
“Supostamente [a vítima] agredia a mulher. Nos parece que é só uma justificativa para fazer o serviço”, disse ao G1 o delegado.
Esse teria sido o argumento, segundo o delegado, do autor dos disparos.
“Ele achou por bem confessar o crime. A imagem dele é muito nítida. Não tinha como negar a situação”, disse.
Não há registro na polícia de agressões envolvendo Ezequiel e a companheira. Segundo o delegado, no primeiro depoimento ela chegou a dizer que era agredida, depois mudou a versão.
“Após a prisão dela, e do suspeito de atirar, ela deu um novo depoimento e disse que era agredida, mas nega qualquer envolvimento com a morte dele”, afirmou.
Estão presos temporariamente, além da companheira da vítima, o homem, de 35 anos, apontado pela polícia como o atirador, uma mulher, de 79 anos, e o companheiro dela, de 59 anos. Uma quarta pessoa, o filho de criação do casal, de 34 anos, está foragido.
“Inicialmente ele [o atirador] é levado [pelo filho do casal] até o local para fazer uma ligação clandestina de água, mas depois é avisado de um outro tipo de serviço [matar]. Esse casal preso era amigo da companheira”, esclarece.
Segundo o delegado, toda ação dos suspeitos foi registrada pelas câmeras de segurança. Ezequiel foi morto na empresa de reciclagem de sua propriedade, no bairro Primavera. Nas imagens, é possível ver a ação do atirador, que chegou ao local, conversou brevemente com o sargento, sacou uma arma e disparou. Logo após, fugiu.
“O atirador entra no local do crime por volta das 17h, as câmeras registram isso. Nesse período ele sai e vai até a casa do casal encontrar a companheira da vítima. Ele queria confirmar a história das agressões. Ela confirma, então, ele volta a reciclagem e mata a vítima, por volta das 19h. Está tudo registrado”, conta.
De acordo com a polícia, um homem que estava na carona do veículo que era dirigido pelo sargento foi testemunha do crime e reconheceu, na delegacia, o suspeito de atirar.
O autor dos disparos teria ganho R$ 300, já os outros três dividiram um pagamento de R$ 3 mil pelo crime. Os cinco devem responder por homicídio qualificado, com recurso que impossibilitou a defesa da vítima, mediante pagamento.
Fonte: g1.globo.com
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