Cpers protesta em frente ao Piratini, pedindo reposição salarial para professores

Manifestantes também cobram melhor estrutura das escolas gaúchas

Cerca de 20 pessoas ligadas ao Cpers fazem manifestação pacífica em frente ao Palácio Piratini Tiago Bitencour / Agencia RBS

Um grupo de 20 manifestantes do Cpers-Sindicato, representante dos professores e funcionários da rede estadual de educação, se reuniu na manhã desta quinta-feira (9) em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre.  Foi montado um cercado no entorno dos manifestantes, que chegaram ao local por volta das 7h30min, se posicionando na entrada principal. Quem chegava para trabalhar acessou o prédio por uma porta lateral. Não houve tentativa de invasão.

Os manifestantes pedem uma audiência com o governador Eduardo Leite ou com a secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira. Eles alegam que há sete anos a categoria não tem reposição salarial e cobram melhor estrutura das escolas.

Por volta das 9h, o chefe de operações do palácio conversou com o grupo, no lado de fora do prédio. Às 10h30min, eles deixaram a frente do Piratini, mas prometem seguir com a manifestação até uma audiência que está marcada para 17 de setembro, às 14h, com o Grupo de Assessoramento Especial (GAE) e com os secretários da Educação, Fazenda e Casa Civil. 

 A Brigada Militar monitorou a situação no local.

Posicionamento da categoria

Em nota, o sindicato afirma que, durante a pandemia, a sociedade aprofundou o debate sobre a importância da educação, mas a valorização do setor não se dá na prática. “No RS, professores e funcionários da rede estadual estão há sete anos sem reposição salarial e com ganhos corroídos pela inflação, ao ponto de terem perdido até a metade do poder de compra”, observa a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.

De acordo com a categoria, agravam a situação “o congelamento do auxílio refeição durante o governo Leite, os benefícios eliminados, os adicionais reduzidos, o confisco dos aposentados e os gastos extras durante o trabalho remoto”. O Cpers afirma ainda que o governador executa um “projeto de sucateamento da educação pública”, sem investir na escola ou valorizar a categoria.

“O governador não nos recebe e a Seduc não dialoga e não está presente no chão da escola. A Assembleia Legislativa teve que convocar a secretária Raquel Teixeira para a Comissão de Educação, após faltas repetidas em audiências públicas. Não podemos mais esperar”, destaca Helenir.

Fonte: gauchazh.clicrbs.com.br