Medicamento utiliza duas linhas de pesquisas diferentes: uma com vírus atenuado e a outra é com um geneticamente modificado
Mais uma vacina contra a Covid-19 terá testes realizados no país. O imunizante será o do laboratório chinês Sinopharm, que segue duas linhas de pesquisa distintas, uma utiliza vírus atenuado e a outra é com o vírus geneticamente modificado, segundo o governador do Paraná Carlos Massa Ratinho.
A parceria com o Estado é técnica e científica, conforme informa a Secretaria de Saúde, e será realizada por meio do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). Ratinho afirmou, por meio de nota, que um grupo de trabalho com a Sinopharm será formado para definir detalhes técnicos, como a elaboração do termo científico regulatório.
O Paraná será incluído na terceira fase de testagem da vacina que começou este mês nos Emirados Árabes Unidos com 15 mil voluntários. Segundo a Sinopharm, a vacina obteve 100% de aprovação nas primeiras fases de teste e não demonstrou reações adversas graves.
O presidente da Tecpar, Jorge Callado, afirmou, por meio de nota, que “é de fundamental importância a participação das universidades públicas e da Secretaria da Saúde para construir tecnicamente um protocolo de validação que atenda aos aspectos regulatórios”.
O governo do Paraná pretende realocar R$ 100 milhões do orçamento da Secretaria de Saúde de 2021 para a aquisição de vacinas contra o novo coronavírus.
Outras três vacinas estão sendo testadas no país. A desenvolvida pela universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca, que utiliza a tecnologia de adenovírus e proteínas do coronavírus, a Coronavac, desenvolvida pela Sinovac Biotech, que utiliza a tecnologia de vírus inativado, e a da Pfizer e BioNTech, com previsão de início dos testes no país para agosto, que utiliza a tecnologia de RNA mensageiro.
A Sinopharm e o governo do Paraná esperam enviar dentro de 15 dias pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a realização do teste, segundo a Reuters.
A vacina pode estar pronta para aplicação na população até o final deste ano, ainda de acordo com a Reuters. O acordo da Sinopharm com o governo do Paraná também prevê a transferência de tecnologia para produção própria, caso a vacina seja aprovada para uso.
A Reuters ainda informa que, além do acordo com a empresa chinesa, o Paraná também iniciou negociações com o governo da Rússia para uma possível parceria na produção de uma vacina desenvolvida naquele país.
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