Estudantes terão aulas programadas em meios digitais durante paralisação das atividades presenciais
O governador Eduardo Leite anunciou nesta terça, em entrevista coletiva, a prorrogação da suspensão das aulas no Rio Grande do Sul até o dia 30 de abril. O prazo anterior para retorno era 3 de abril. A medida, conforme Leite, é válida para todas as escolas de ensino público e privado do RS, assim como universidades e demais instituições de ensino. “Se impõe essa restrição em razão da vida, da saúde, dos gaúchos”, destacou. O decreto será publicado nesta quarta no Diário Oficial.
Embora crianças e jovens não estejam entre a taxa de letalidade do Covid-19 no RS, a prorrogação da determinação é necessária, segundo Leite, porque eles são potenciais “agentes transmissores reunidos em sala de aula”. O governador apontou que o atual período de contágio no Estado tem que ser de permanência de ações rígidas. “Não vemos a possibilidade de regredir nas medidas de restrições de contato”, ressaltou. O calendário escolar público e privado do Estado foi suspenso gradativamente desde 19 de março por conta do Covid-19.
Os dados mais atualizados do boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES) apontam que o Rio Grande do Sul possui 274 casos confirmados do novo coronavírus e quatro mortes pela doença, sendo duas em Porto Alegre e duas em Novo Hamburgo. Do total de casos, até esta terça-feira, 161 estão localizados em Porto Alegre e os demais distribuídos em 49 municípios gaúchos.
Atividades escolares à distância
Para evitar que os alunos da rede estadual sejam prejudicados, o governo estadual implementou uma metodologia das aulas programadas, envolvendo diversos recursos pedagógicos e tecnológicos os quais as escolas dispõem, “incluindo plataformas digitais e aplicativos variados”.
Conforme o governo, a atividades que serão desenvolvidas, por meio das aulas programadas, estarão disponibilizadas de modo “que todos tenham acesso, seja por mensagens de WhatsApp ou Facebook, compartilhamento de arquivos de áudio e vídeo, por e-mail, por salas virtuais ou até mesmo pela entrega de materiais didáticos nas áreas rurais do Estado”.
Já os professores da rede ensino devem participar de uma forma on-line sobre a elaboração deste novo currículo. O Estado estima que mais de 42 mil docentes tenham participação direta neste novo formato de ensino.
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