Baixo movimento migratório e aumento da expectativa de vida influenciam dados
Um estudo divulgado nesta segunda-feira pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) aponta que o Rio Grande do Sul é o estado com a menor taxa de crescimento populacional do país. Isso quer dizer que, ao mesmo tempo que o percentual de idosos aumenta, o número de pessoas que integra o grupo em idade potencialmente ativa (15 a 64 anos) diminui.
Entre as causas apontadas para essa redução está o fato de o RS, que possui 11,3 milhões de habitantes, conforme o IBGE, ser considerado “fechado” para as trocas migratórias. Ao analisar o movimento migratório e os impactos dessa transição demográfica na economia, o pesquisador Pedro Zuanazzi, do Departamento de Economia e Estatística da Seplag, aponta que no período de 2010 a 2018, o RS é o estado que mais perdeu participação perante a população brasileira na comparação com os demais do Sul e do Sudeste.
Conforme os dados de 2015, entre os estados que mais atraem gaúchos estão Santa Catarina com 2,5% (saldo migratório de -280,1 mil pessoas) e Paraná (saldo migratório de -177 mil). Zuanazzi destaca que é preciso ver o ‘imigrante como uma oportunidade’, uma vez que gera economia e emprego. Nesse sentido, de acordo com Zuanazzi, Porto Alegre, Caxias do Sul e a região do Vale do Taquari apresentaram crescimento da taxa populacional, enquanto a Fronteira Oeste e Noroeste apresentam os piores números. A titular da Seplag, Leany Lemos, observa que alguns índices se assemelham a países europeus mais avançados.
Fonte: Correio do Povo
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