
A raiva é uma das zoonoses mais perigosas do mundo. Facilmente transmitida por mordidas ou contato direto com secreções infectadas e com taxa de letalidade próxima de 100%, a doença ainda circula no Brasil e representa uma ameaça silenciosa à saúde de animais e humanos. Mesmo com avanços no controle, a raiva não está erradicada. Por isso, a vacinação de cães e gatos continua sendo obrigatória por lei e essencial para a saúde pública.
Transmitida principalmente por morcegos infectados, especialmente em ambientes urbanos e periurbanos, a raiva ataca o sistema nervoso central, levando a sintomas neurológicos graves e, na maioria dos casos, à morte. O cachorro não vacinado, ainda que em menor proporção atualmente, também pode ser uma fonte transmissora da raiva, através de mordidas e contato com secreções contaminadas.
“A raiva é uma doença que não tem cura. Uma vez que os sintomas aparecem, o desfecho é quase sempre fatal, tanto em animais quanto em humanos. A vacina é a única forma eficaz de proteção, e deve ser feita todos os anos, conforme diretrizes nacionais”, explica o médico-veterinário Felipe Schoingele, do Grupo Hospitalar Pet Support.
Sintomas nos animais
Nos cães e gatos, os sinais da raiva podem variar, mas geralmente envolvem:
- Mudanças bruscas de comportamento (agressividade ou apatia)
- Salivação excessiva
- Paralisia de membros
- Dificuldade para engolir
- Convulsões
- Morte súbita
O período de incubação pode ser longo (de dias a meses), e os primeiros sintomas muitas vezes são confundidos com outras doenças. “Por isso o acompanhamento veterinário regular é tão importante. Além da vacinação, o check-up ajuda a identificar precocemente alterações de saúde que podem colocar o animal e as pessoas ao redor em risco”, reforça Schoingele.
Prevenção e responsabilidade
A vacina antirrábica deve ser aplicada anualmente em todos os cães e gatos a partir dos três meses de idade. Animais que vivem dentro de casa também devem ser imunizados, já que basta o contato com um morcego infectado, por exemplo, para que o risco exista. Além disso, é importante evitar o contato com animais silvestres, manter o ambiente doméstico seguro e levar o pet ao veterinário regularmente.
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