Dados do Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que a população rural do Rio Grande do Sul é de 1.359.872 moradores, o equivalente a 12,49% da população do Estado, de 10.882.965 pessoas. O número representa uma redução de 233.766 habitantes (14,7%) em relação ao contabilizado no Censo de 2010, quando a área rural somava 1.593.638 moradores, ou 14,9% da população gaúcha (10.693.929).
O levantamento aponta que o Rio Grande do Sul é a oitava unidade federativa com maior população rural, atrás de Bahia, Minas Gerais, Ceará, Pará, Maranhão, Pernambuco e São Paulo.
De acordo com IBGE, pela primeira vez a redução populacional no campo foi constatada em todas as regiões do país. No período de 12 anos entre os censos de 2010 e 2022, a queda demográfica na zona rural chegou a 4,3 milhões. O estudo atual aponta que, do total de 203,1 milhões de pessoas que vivem no Brasil, 177,5 milhões (87,4%) residem em áreas urbanas, enquanto 25,6 milhões (12,6%) estão nas áreas rurais.
Maior perda
A Região Nordeste foi a que sofreu a maior perda em área rural. Do total de 4.257.656 que deixaram de viver na zona rural, 2.049.144 (48,13%) habitavam o Nordeste. Regiões que haviam apresentado crescimento no Censo de 2010, agora ofereceram movimento no sentido contrário.
“A Região Norte, que havia registrado crescimento de 8,07% entre 2000 e 2010, passou a apresentar perda de 11,12%. O mesmo ocorreu na Região Centro-Oeste, que apresentou crescimento de 2,03% da população rural entre 2000 e 2010 e, no período entre 2010 e 2022, teve perda de 10,55%”, diz o texto divulgado pelo instituto.
As demais regiões, que já vinham em trajetória de perda da população rural entre 2000 e 2010, mantiveram essa tendência. A Região Sul teve perda de 14,92%. Além disso, entre 2010 e 2022, o ritmo de aceleração de perda da população rural chegou a 1,28% ao ano, ante 0,65% no ciclo de 2000 a 2010.
A coleta e apuração do Censo Demográfico 2022 foram realizadas no período de 1º de agosto de 2022 a 28 de maio de 2023, com a incorporação das revisões realizadas entre 29 maio e 7 de julho de 2023 (segunda apuração). Os recenseadores visitaram pouco mais de 90,7 milhões de unidades domiciliares, estando 72,4 milhões destes domicílios ocupados na data de referência.
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