Em operação para detecção de fraudes no mel nos comércios varejistas, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) encontrou adulteração por açúcares C-4, como xaropes de milho ou de cana-de-açúcar, em 14,14% das 99 amostras analisadas, de todo o Brasil. A adição C4, que significa inclusão desses açúcares na alimentação das abelhas ou diretamente no mel, na fase de processamento, é proibida. O Mapa também realizou avaliações fisico-químicas em 109 amostras e 31,61% delas tiveram resultados não conformes, o que significa índices de hidroximetilfurfural e amilase fora dos padrões, indicações de que o produto não foi processado ou conservado da maneira adequada ou que possivelmente foi adulterado.
Os estabelecimentos produtores com produtos não conformes foram penalizados pelo Serviço de Inspeção Federal de acordo com a legislação, que permite que até 6% do mel seja composto por sacarose, açúcar que compõe os xaropes. Assim, as análises de laboratório podem detectar essa presença por meio da identificação do tipo de átomo de carbono presente nas moléculas do produto, de acordo com o professor do Programa de Pós Graduação em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) Andres Cañedo. Ele cita que a adulteração do mel é um problema encontrado em especial na China, país que desenvolveu tecnologia para adulterar o mel sem que isso seja detectado por testes.
Fonte: https://www.correiodopovo.com.br
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