A área de cultivo do trigo alcançou 1.458.026 hectares no Estado. A cultura está em final de ciclo, com a maior parte das lavouras em maturação e pronta para a ceifa. De acordo com o Informativo Conjuntural produzido e divulgado nesta quinta-feira (10/11) pela Emater/RS-Ascar, o índice colhido alcançou 37% da área cultivada.
Além da elevada produtividade, o produto colhido apresenta alta qualidade, com elevado peso hectolitro (PH), comparativamente com as safras dos anos anteriores. A produtividade estimada é de 3.210 kg/ha. Contudo, há possibilidade de aumento nessa expectativa de produção à medida que a colheita evoluir.
Na cevada, a produtividade atual estimada é de 3.237 kg/ha. Também não se descarta uma alteração positiva nessa estimativa, face aos resultados de colheita ainda em obtenção. A área de cultivo é de 37.500 hectares. A cultura aproxima-se do final do ciclo. As lavouras em final de enchimento de grãos são apenas 25%; em maturação, 45%; e foram colhidas 30%.
Segundo o serviço de classificação prestado pela Emater/RS-Ascar, para a maior empresa cervejeira do país, a produtividade entre os produtores integrados, localizados no Planalto e Alto Uruguai, aproxima-se de 4.200 kg/ha. A qualidade da safra é considerada excelente, apresentando em torno de 95% de primeira qualidade (peneira 2,5mmx22mm + 2,8mmx22mm), assim como o percentual de germinação, que está acima de 95%. Outro fator positivo é a baixa presença de micotoxinas (Desoxinivalenol), que está abaixo dos limites permitidos pela legislação que regula a produção de cervejas.
Culturas de inverno
Canola – A área de cultivo é de 53.415 hectares. A estimativa de produtividade atual é de 1.638 kg/ha. Estima-se que 70% das lavouras foram colhidas, e o restante está maduro ou em processo final de maturação.
Aveia branca grãos – A área de cultivo é de 350.641 hectares. A produtividade prevista é de 2.478 kg/ha. Houve avanço significativo da colheita. As lavouras colhidas totalizam 58%; em maturação, 38%; e finalizando o enchimento de grãos, 4%.
Culturas de verão
Soja -A área projetada para a safra 2022/2023 é de 6.568.607 hectares. A produtividade estimada é de 3.131 kg/ha e a produção é de 20.563.989 toneladas. A semeadura da cultura alcançou 17% no Estado.As lavouras em estabelecimento apresentam boa emergência, mas o hipocótilo está mais curto, provavelmente como reflexo das baixas temperaturas. O hipocótilo é o responsável pela elevação dos cotilédones acima da superfície dos solos, e com eles mais curtos os cotilédones e as folhas unifoliadas permanecem muito próximos ao chão, dando impressão de baixo desenvolvimento da cultura.
Milho -A cultura segue em implantação. A evolução da operação foi lenta, atingindo apenas 2% no período, devido ao escalonamento e à atenção dos produtores a outras culturas. O desenvolvimento é adequado, em que pese alguns efeitos das temperaturas mais baixas, como a diminuição do porte de plantas e os danos, em algumas lavouras, causados pelas geadas ocorridas em 02/11. A fase predominante é o desenvolvimento vegetativo, mas 11% das lavouras iniciaram o processo reprodutivo, que demanda maior suprimento de água para manter o potencial produtivo. A área estimada de cultivo para a safra 2022/2023 é de 831.786 hectares. A produtividade esperada é de 7.337 kg/ha.
Milho silagem -A área semeada representa 50% da projetada e, desse total, 92% encontram-se em desenvolvimento vegetativo e 8% em floração. Devido à sequência de dias mais frios, as lavouras apresentam um porte mais baixo, mas com excelente população de plantas por hectare, que poderá compensar no volume colhido para manutenção da produtividade.
A área estimada de milho destinado à silagem para a safra 2022/2023 no Rio Grande do Sul é de 365.467 hectares. A produtividade estimada permanece em 37.857 kg/ha.
Arroz -A área estimada de arroz pelo Instituto Riograndense do Arroz (Irga) é de 862.498 hectares. A produtividade projetada é de 8.226 kg/ha. A cultura está com estimativa de 83% de implantação. Nos extremos Sul e Oeste do Estado, os trabalhos de semeadura já estão próximos da finalização, enquanto que nas regiões Centro e Leste o estabelecimento é de menor proporção.
As lavouras encontram-se em fases iniciais de desenvolvimento e as temperaturas ocorridas abaixo do ideal poderão interferir negativamente no seu desenvolvimento.
Feijão 1ª safra -A área projetada de feijão 1ª safra é de 30.561 hectares. A produtividade estimada permanece em 1.701 kg/ha.
OLERÍCOLAS
Alface – Em São José do Hortêncio, na regional de Lajeado,a ocorrência de dias consecutivos de intensa umidade em outubro provocaram perdas na ordem de até 30% para alguns produtores. Observa-se uma sensível redução nos preços das variedades crespa e americana. A cotação média da alface, na Ceasa de Porto Alegre, para as variedades crespa e lisa é R$ 8,00/dz. e da americana, R$ 10,00/dz.
Na de Porto Alegre, a oferta de folhosas – brássicas e alface – ainda está em alta; as temperaturas amenas favoreceram a produção. O preço da alface reduziu, o valor é de R$ 8,00/dz.
Cebola – Na regional de Pelotas, a colheita de cebolas precoces, em São José do Norte, atingiu 10% da área e em Rio Grande 1%. O produto é destinado ao mercado e não passa pelo procedimento normal de cura a campo. As produtividades estão dentro do esperado, considerando a precocidade das cultivares, mas atingindo tetos de 25 mil a 30 mil kg/ha. Os valores pagos ao produtor estão entre R$ 2,80 e R$ 3,50/kg, com algumas negociações chegando a R$ 4,00/kg. A cultura está predominantemente em bulbificação. Continuaram as aplicações semanais de fungicidas para evitar doenças e o monitoramento de pragas.
Na de Soledade, inicia a colheita de cebola. Segue o monitoramento de pragas e doenças; o míldio é a principal doença nesta safra na região. Os cultivos tardios seguem em fase de formação do bulbo.
OVINOCULTURA
O estado corporal do rebanho continua evoluindo de maneira satisfatória tanto em animais que estão sobre pastagens cultivadas quanto nas áreas de campo nativo. Avançam os trabalhos de esquila do rebanho, porém muitos produtores esperaram os dias frios passarem para finalizar o manejo. A lã segue com mercado estagnado.
Entre as práticas sanitárias, as principais são o controle de verminoses, a vacinação contra clostridioses e os cuidados com os cordeiros e matrizes amamentando. O foco de muitos ovinocultores, no momento, ainda é o preparo dos lotes de cordeiros, visando à comercialização nas festas de fim de ano.
Fonte: Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar – Regional de Caxias do Sul
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