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Em cinco meses, RS já registra mais de 600 acidentes fatais no trânsito

Fevereiro e maio foram os mais violentos até agora; colisões envolvendo automóveis resultam no maior número de óbitos

Fonte: Alana Fernandes / Agencia RBS

Levantamento parcial divulgado pelo Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS) aponta que, nos primeiros cinco meses do ano, foram contabilizados 604 acidentes fatais no Estado. O número se assemelha ao registrado no mesmo período de 2021, quando foram 601 ocorrências do tipo, e supera os 550 dos primeiros cinco meses de 2020. Em 2019, foram 627 acidentes fatais no período.

Até o momento, os meses mais violentos de 2022 foram fevereiro e maio, ambos com 129 mortes apontadas. Fevereiro também foi o que contabilizou mais vítimas em acidentes de trânsito quando comparado ao mesmo período de 2020 e de 2021.

Já o mês com menor registro de óbitos neste foi março, que teve 111 vítimas – contudo, este foi o maior número registrado no comparativo com o mesmo mês de 2020 e 2021.

Para o diretor-geral do Detran-RS, Marcelo Soletti, a pandemia provocou uma mudança de comportamento dos condutores que está refletido no trânsito.

—Ao longo dos últimos anos, os números (de acidentes fatais) vinham caindo. Porém, veio a pandemia e as pessoas passaram a agir diferente no trânsito. O perfil de infrações também mudou, com o aumento de condutores flagrados dirigindo sob efeito de álcool e outros sem habilitação — explica.

Os dados revelam ainda o perfil das vítimas por faixa etária e sexo. Os números apontam para uma mortalidade de homens cerca de quatro vezes maior do que de mulheres. De janeiro a maio de 2022, morreram 535 pessoas do sexo masculino contra 132 do sexo feminino – em um total de 667. Conforme o Detran, o número total de vítimas é maior do que o de acidentes fatais, pois são contabilizados os óbitos que ocorreram no local da ocorrência e aqueles confirmados até 30 dias depois.

— Historicamente, os homens são mais intensos no trânsito. Percebemos isso desde o período de aprendizado, na autoescola. A diferença de óbitos entre homens e mulheres diminuiu, mas ainda é alta, com 80% das mortes para 20% das mulheres — afirma Soletti.

Em comparação aos últimos três anos, há pequeno aumento em relação a 2021 e 2020, que tiveram, respectivamente, 642 e 599 vítimas fatais. Porém, está abaixo de 2019, quando foram 684 óbitos no trânsito.

Em relação à faixa etária, as vítimas com idades entre 25 e 29 anos lideram – 57 delas do sexo masculino e 14 do feminino. Observando especificamente os homens, os óbitos ocorreram em maior quantidade para aqueles entre 35-38 anos. Já para as mulheres, o maior número de vítimas foi contabilizado para a faixa etária dos 60-64 anos.

Colisões são maiores entre as ocorrências com morte

O levantamento do Detran-RS também identificou a natureza dos acidentes fatais ocorridos no Estado até maio de 2022. As colisões – frontais e laterais – são maioria. Juntas, representam 44,7% do total, sendo a maior parcela de colisões frontais entre dois veículos (32%). Na segunda colocação, estão atropelamentos, que contabilizam 18,4% do total de casos.

Quanto aos veículos envolvidos em acidentes fatais, os automóveis estão na liderança. Em todo o Rio Grande do Sul, foram 363 ocorrências com este tipo de veículo. Na sequência estão: motos e motonetas, com 199, e caminhões e caminhão trator, com 139 acidentes fatais. 

Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/

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