Mapa do distanciamento controlado tem seis regiões com bandeira vermelha no RS

Passo Fundo, Lajeado, Taquara, Novo Hamburgo, Canoas e Porto Alegre seguirão com classificação de risco alto. Em pronunciamento, governador comentou possibilidade de abrir o comércio na bandeira vermelha.

Fonte: Foto: Reprodução/Palácio Piratini

Seis regiões do Rio Grande do Sul ficarão sob as regras da bandeira vermelha na 13ª rodada do distanciamento controlado, como anunciou nesta segunda-feira (3) o governador do estado, Eduardo Leite. As medidas passam a vigorar na terça (4).

Passo Fundo, Lajeado, Taquara, Novo Hamburgo, Canoas e Porto Alegre foram classificados como risco alto para contaminação do coronavírus. No mapa preliminar, 12 regiões estavam em bandeira vermelha. Após recursos, Palmeira das Missões, Pelotas, Bagé, Caxias do Sul, Santo Ângelo e Santa Rosa conseguiram ficar na bandeira laranja.

“Temos observado estabilização na demanda por internações. Muitos vão seguir na bandeira vermelha, mas vemos melhoria”, afirmou Eduardo Leite.

Os municípios que conseguiram ir para bandeira mais branda também apresentaram indicadores como estabilidade entre casos ativos e recuperados, e de disponibilidade de leitos em relação aos ocupados.

A região de Caxias do Sul é uma delas. “Se manteve o número de hospitalizações, não aumentou. Houve pequena redução nas internações em UTI. Número de óbitos não teve crescimento expressivo”, citou Leite. Conforme o governador, a estabilização está em um patamar alto, mas já foi possível para classificar os municípios, que estavam na bandeira vermelha, como bandeira laranja.

A cidade de Caxias do Sul, juntamente com outros municípios da Serra, estipulou uma “bandeira intermediária”, que permitia o funcionamento do comércio e serviços que não estão previstos na bandeira vermelha, e no fim de semana, reabriu o comércio. Após decisão judicial, os municípios voltaram à classificação do governo do estado, que até então era de bandeira vermelha.

Além de Caxias, as regiões de Palmeira das Missões e Capão da Canoas apresentaram índices suficientes para passarem da bandeira vermelha, na semana passada, para a amarela.

Já na Região Metropolitana de Porto Alegre, a disponibilidade de leitos é baixa, com cerca de 0,5 leito livre para cada ocupado. Isso ajudou a classificação de regiões como Porto Alegre, Novo Hamburgo e Canoas como bandeira vermelha.

Passo Fundo, no Norte, também causa preocupação. “Teve aumento de óbitos e está ao redor de 1 leito livre para cada leito ocupado, precisa ainda de ações para a redução do número de casos e hospitalizações”, alerta Leite. Assim como Taquara, que teve aumento de 50% nas internações.

“Ao longo do mês de maio e junho, o estado esteve majoritariamente em bandeira amarela e laranja. De lá pra cá, o estado precisou ter mais restrições por causa do avanço do coronavírus. Temos a expectativa de um agosto mais tranquilo, embora muitas pessoas tenham a superstição com o mês de agosto”, afirmou o governador.

Segundo Leite, o governo avalia a possibilidade de, caso a estabilização nos indicadores se confirme nas próximas rodadas do distanciamento, o protocolo da bandeira vermelha possa permitir as atividades comerciais. Pela regra atual, só podem abrir comércios considerados essenciais.

O governo também discute uma maior participação dos municípios e associações nas definições do mapa do distanciamento controlado. Na terça-feira (4), deve acontecer uma reunião com a Famurs para debater o tema.

Regiões em bandeira vermelha

  • Seis regiões: Passo Fundo, Taquara, Lajeado, Canoas, Novo Hamburgo e Porto Alegre;
  • Totalizam 165 municípios;
  • Correspondem a 49,6% da população (5,6 milhão de habitantes
  • Desse total, 65 municípios não tiveram registro de hospitalização e óbito e podem seguir em bandeira amarela.
  • Fonte: https://g1.globo.com/rs/