Safra de verão é anunciada enquanto a de inverno se desenvolve no RS


Foto: Arquivo Emater/RS-Ascar

O Rio Grande do Sul deverá colher 19,7 milhões de toneladas de soja na safra 2019/2020, um aumento de 6,81% (1,2 milhão de toneladas) em relação à produção de soja do ano anterior. A área e a produtividade da soja também devem aumentar em 1,93% e 4,31%, respectivamente, o que significa um acréscimo de 112 mil hectares e 137 kg/ha, chegando a 5,9 milhões de hectares de soja e 3,3 mil kg/ha. As expectativas foram anunciadas pela Emater/RS-Ascar durante a Expointer.

Os dados foram coletados entre 22 de julho e 07 de agosto deste ano, junto a 388 escritórios municipais da Emater/RS-Ascar para a cultura da soja, o que corresponde a 98,02% da área a ser cultivada com o grão no Estado. Além disso, foram pesquisados 449 escritórios municipais para milho grão (95,52% da área com a cultura no RS) e 416 para milho silagem (94,01%), e outros 245 escritórios para o feijão primeira safra (80,31%) e 119 escritórios municipais para a cultura do arroz (98,45% da área a ser cultivada com arroz no RS).

Assim, o Rio Grande do Sul prevê para a próxima safra um aumento de 5,76% no total produzido com os grãos de verão em relação ao ano anterior, o que equivale a 1,8 milhão de toneladas, totalizando uma estimativa de produção de 33,2 milhões de toneladas para os quatro principais grãos de verão (soja, milho, arroz e feijão 1ª safra).

CULTURAS DE INVERNO

De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (29/08), as culturas de inverno seguem em desenvolvimento no Estado, muitas favorecidas pelo tempo seco dos últimos períodos.

Trigo – No Estado, 69% das lavouras encontram-se na fase de desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento do colmo), 27% em floração e 4% em enchimento de grãos. Nesta safra, a área estimada pela Emater/RS-Ascar para o cultivo do trigo é de 739,4 mil hectares. A área de cultivo de trigo no Rio Grande do Sul corresponde a 37% da área de plantio brasileira com o grão.

Canola – A área cultivada com canola no RS corresponde a 92,9% da área estimada para o Brasil pela Conab em agosto de 2019. A estimativa da Emater/RS-Ascar para o plantio de canola nesta safra é de 32,7 mil hectares, com rendimento médio de 1.258 quilos por hectare. Entre as lavouras do Estado, 8% delas se encontram em desenvolvimento vegetativo, 34% em floração, 51% em enchimento do grão, 6% maduro e por colher e 1% colhido. As regiões da Emater/RS-Ascar principais produtoras dessa oleaginosa são Santa Rosa, Ijuí, Santa Maria e Bagé.

Cevada – A área cultivada com cevada no RS corresponde a 36,6% da área estimada para o Brasil pela Conab em agosto de 2019. A estimativa da Emater/RS-Ascar para esta safra no Estado é de 42,4 mil hectares, com rendimento médio de 2.073 quilos por hectare. Em 77% das lavouras, a fase é de desenvolvimento vegetativo, 18% delas estão em fase de floração e 5% em enchimento de grãos.

Aveia branca – A área estimada pela Emater/RS-Ascar com plantio de aveia branca para grão é de 299,86 mil hectares, com produtividade esperada de 2.006 quilos por hectare. A área cultivada com aveia no RS corresponde a 78,8% da área estimada pela Conab para o Brasil (agosto/2019). No Estado, 25% das lavouras encontram-se na fase de desenvolvimento vegetativo, 32% em floração, 38% na fase de enchimento de grãos, 4% maduro por colher e 1% das lavouras foram colhidas.

FRUTÍCOLAS

Citros – Na região do Vale do Caí, a colheita das frutas cítricas está a pleno vapor. Condições climáticas favoráveis têm ajudado na colheita. Já foram colhidas 40% da bergamota Montenegrina, a mais tardia do grupo das mediterrâneas, que inclui a Caí e a Pareci, cuja colheita já foi concluída. O preço médio recebido pelos citricultores pela caixa de 25 quilos tem se mantido estável em R$ 28,00. Da cultivar híbrida Murcott, 15% das frutas já foram colhidas, com preço médio estável de R$ 30,00/cx. de 25 quilos. Entre as laranjas, estão em colheita as cultivares umbigo Monte Parnaso, Céu tardia e Valência.
Pêssego – Na região Sul, a cultura está em pleno florescimento. As variedades mais precoces estão em estágio de frutificação; produtores realizam raleio em alguns pomares e poda em algumas cultivares. Produtores da região seguem realizando tratamentos fitossanitários na floração e no início da frutificação dos pessegueiros, e aplicam a primeira parcela de adubação. No Norte do RS, produtores seguem as atividades de poda nos pessegueiros que iniciaram a brotação e o monitoramento de pragas e doenças.

CRIAÇÕES

PISCICULTURA – Apesar do período de entressafra da piscicultura, o produtor que pretende fazer a introdução de novos alevinos nos açudes deve estar atento para o manejo dos viveiros e à preparação da área para o novo ciclo de crescimento dos alevinos. Práticas como desinfeção, correção da acidez e aplicação de corretivos devem ser realizadas com o açude previamente seco.

PESCA ARTESANAL – Na região Sul, continua o período de defeso na Lagoa dos Patos até 30 de setembro. Nesse período os pescadores artesanais profissionais recebem um salário mínimo nacional por mês. Na bacia da Lagoa Mirim, seguem baixas as capturas, sendo pouca a oferta de pescado.

APICULTURA – Os dias mais quentes e sem chuvas favoreceram o aumento do movimento dos enxames em busca de alimento, aproveitando a florada disponível nessa época do ano, como nabo forrageiro, bracatinga, acácia-negra e algumas espécies de eucalipto em florescimento precoce. Nas regiões de lavouras de grãos, o tempo aberto favoreceu a atividade das colmeias e foi observado o enxameamento em função da boa disponibilidade de flores de canola, que possibilitou grande acúmulo de mel mesmo no inverno.

O período é de práticas de manejo, como revisão de caixas e organização geral do apiário; outras práticas contemplam roçadas em apiários, limpeza e/ou reforma de caixilhos, melgueiras, ninhos e instalação de caixas-isca para captura de enxames em regiões mais quentes. Iniciada a revisão de colmeias, com a limpeza das mesmas e troca de cera velha por lâminas novas para colocar nos ninhos. O produtor deve revisar periodicamente as colmeias para avaliar a necessidade de complementação alimentar, principalmente das colmeias mais fracas.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar