Grêmio mira Libertadores 2019 e apressa volta de titulares para chegar ao G-4 do Brasileirão

Kannemann e Maicon têm retorno garantido contra o Vasco, domingo (11), na Arena

Time festeja gol de Geromel na vitória por 1 a 0 contra o Atlético-MG, sábado (3), no Independência

O fim do sonho do tetra da Libertadores, decretado entre as quatro paredes do Tribunal Disciplinar da Conmebol, leva o Grêmio a respirar Brasileirão até o final do ano. A partir de agora, serão seis partidas para o time somar os pontos suficientes para ingressar no G-4 e garantir vaga na fase de grupos da edição 2019 da competição continental. A vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-MG, sábado, no Independência, ampliou para nove pontos a diferença contra o time mineiro, um adversário direto, mas ainda não fez a equipe de Renato ficar entre as quatro melhores.

No jogo do próximo domingo (11), contra o Vasco, na Arena, é certa a volta de Kannemann e Maicon, poupados em Belo Horizonte por desconforto muscular. Luan passará a semana inteira em tratamento e tem seu retorno aguardado. Quanto ao goleiro Marcelo Grohe, com fraturas nas costelas, só voltará a atuar em 2019.

— Nossa meta, todo  mundo sabe, é o título. É lógico que está bastante difícil, mas não é impossível. Depois, é o G-4 — resume Renato. — Foi importante fazer a nossa parte, como fizemos hoje (sábado). Praticamente eliminamos por um bom tempo o Atlético-MG, que estava se aproximando.

 

Para Renato, o que estava em jogo era a credibilidade da Conmebol. O técnico disse estar convencido da classificação do Grêmio, desde que o julgamento não fosse político.

— Nos prometeram que tudo ia mudar, que seria às claras. Credibilidade a gente não compra, a gente demonstra — disse.

Já no sábado, Ramiro não nutria esperança de disputar a final. Baseava-se em decisões anteriores da Conmebol, em que Chapecoense e Santos, também clubes brasileiros, resultaram derrotas no tribunal.

— Infelizmente, o que nos restou, tanto para jogadores como para torcedores é o Brasileiro. Temos um objetivo bem claro que é  conseguir a vaga. E contamos muito com o apoio da torcida.

Para o lateral-esquerdo Bruno Cortez, o time fez  o que deveria. Concentrou-se dentro de campo, indiferente ao que ocorria no Paraguai, conseguiu a vitória e segue com o objetivo de ingressar na próxima Libertadores via G-4.

— Teríamos que fazer um jogo sem erros para continuar somando. Agora, estamos focados no Brasileirão — destacou.

Como em outras partidas, Renato demorou-se em elogios aos garotos Matheus Henrique e Jean Pyerre, que credenciam-se a conquistar uma vaga entre os titulares a partir da próxima temporada. No sábado, em função do desgaste sofrido pela equipe ao longo da temporada, o técnico disse que precisaria recorrer a “sangue novo”.

— Eles foram muito bem. Temos soltado esses garotos, estamos lapidando Às vezes, eles cometem algum tipo de erros, o que é normal. O que é importa é que nós os colocamos a jogar e a camisa não pesa — destacou.

Frustrado com a decisão tomada pelo Tribunal Disciplinar da Conmebol, o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, disse que a entidade “apequenou-se” e passa a ser conivente com “falcatruas” no futebol.  Adiantou que o clube estudará se ingressa com recurso ao que foi decidido, mas duvida que isso contenha algum efeito prático, uma vez que as duas partidas serão disputadas. Para Bolzan, o mais frustrante é  o fato de o River Plate, que deu guarida ao ato do técnico Marcelo Gallardo de não cumprir a suspensão, não ter sido punido. O dirigente disse estar convencido, antes do julgamento, de que a Conmebol estivesse revendo seus conceitos, “do ponto de vista ético e moral”.

— A Conmebol se apequenou e está sendo conivente, absolutamente condescendente com atos que foram praticados contra a honra, dignidade, autoridade e honra dela própria. É uma pena _ disse Bolzan, que foi além, ao prever que qualquer competição organizada agora pela entidade poderá ser colocado sob suspeita:

— É uma decisão que desacredita por inteiro o futebol sul-americano. É consumar a falcatrua. Estamos criando a condição da impunidade, da esperteza. E o Tribunal fica de cócoras para isso. Se deixou achincalhar.

Fonte: gauchazh.clicrbs.com.br