Grupo lesou prefeituras do RS e mais de 30 empresários com falsos eventos para entidades carentes

Quadrilha é investigada por estelionato e lavagem de dinheiro e suspeita de lesar as prefeituras de Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo, além de mais de 30 empresas.

Os policiais também cumprem mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

Três homens foram presos, numa operação da Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Informáticos (DRCI) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), na manhã desta quinta-feira (9), em Balneário Camboriú e Itajaí, em Santa Catarina. Os policiais também cumprem mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O grupo é investigado por estelionato e lavagem de dinheiro e suspeito de lesar as prefeituras de Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo, além de mais de 30 empresas.

Os policiais rastrearam e-mails e contatos telefônicos dos criminosos e descobriram a forma de atuação da quadrilha. Os homens se faziam passar por delegados, professores, assessores parlamentares e secretários municipais. Às prefeituras, eles pediam cartas de recomendação para levar eventos de voluntariado, que nunca existiram, aos municípios. Numa das negociações, chegaram a ir até Dubai, nos Emirados Árabes, e a Buenos Aires, na Argentina, para credenciar as prefeituras em falsos seminários.

Com as cartas de recomendações dos municípios, o grupo procurava empresários, de vários estados do país, se passando como representante das administrações municipais, para arrecadar doações para entidades carentes. As empresas chegavam a pagar de R$150 a 300 mil para os criminosos.

A investigação apurou ainda que os homens presos usavam uma produtora de eventos, em Santa Catarina, para lavar o dinheiro que recebiam como doação das empresas. O grupo foi para Balneário Camboriú para se esconder.

Os presos foram trazidos de Santa Catarina para o sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Porto Alegre.

Um quatro integrante do grupo foi identificado pela polícia, mas ainda não foi preso.

Os homens presos usavam uma produtora de eventos, em Santa Catarina, para lavar dinheiro. (Foto: Polícia Civil/Divulgação)Os homens presos usavam uma produtora de eventos, em Santa Catarina, para lavar dinheiro. (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

Os homens presos usavam uma produtora de eventos, em Santa Catarina, para lavar dinheiro. (Foto: Polícia Civil/Divulgação)