Vacina contra sarampo está disponível em postos de saúde, mas autoridades alertam para baixa procura no RS

Na rede pública, vacina administrada é a tríplice viral: protege contra caxumba, rubéola e sarampo. Rio Grande do Sul tem sete casos da doença, todos importados.

Na rede pública, vacina administrada é a tríplice viral: protege contra caxumba, rubéola e sarampo. (Foto: Cristine Rochol/PMPA)

Com sete casos de sarampo confirmados no Rio Grande do Sul, autoridades de saúde alertam para a baixa procura por vacina contra a doença. As doses estão disponíveis nas unidades básicas de saúde, para pessoas com faixa etária a partir dos 12 meses até os 49 anos.

“O que acontece é que, ao longo do tempo, como foi erradicada a doença no Brasil e parecia que não nos atingia, as pessoas deixaram de procurar e se vacinar”, afirma a coordenadora do Núcleo de Doenças Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde, Sônia Coradini.

A vacina contra o sarampo é a tríplice viral, que protege também contra a caxumba e a rubéola. É importante levar a carteira de vacinação ao posto de saúde. Duas doses valem para a vida inteira. Quem já teve a doença também está protegido.

A transmissão ocorre diretamente, de pessoa para pessoa, por tosse, espirro, fala ou respiração. Por isso, a doença é considerada altamente contagiosa e a única forma efetiva de prevenção é a vacina.

Toda pessoa que, independente da idade e situação vacinal, apresentar febre e manchas vermelhas no corpo, além sintomas como tosse, coriza ou conjuntivite, deve procurar atendimento para ser avaliado.

“Ela traz consequências neurológicas para as pessoas e pode levar a óbitos. Aliás, a gente já tem casos de óbitos no Brasil”, alerta Sônia.

Na rede pública, vacina administrada é a tríplice viral: protege contra caxumba, rubéola e sarampo.  (Foto: Cristine Rochol/PMPA)Na rede pública, vacina administrada é a tríplice viral: protege contra caxumba, rubéola e sarampo.  (Foto: Cristine Rochol/PMPA)

Na rede pública, vacina administrada é a tríplice viral: protege contra caxumba, rubéola e sarampo. (Foto: Cristine Rochol/PMPA)

O sarampo é uma doença considerada perigosa e estava eliminada do país, conforme Declaração da Organização Pan-Americana da Saúde recebida em setembro de 2016. A infecção já foi considerada “doença comum na infância” décadas antes de ser eliminada do Brasil em meados dos anos 1990.

Porém, Sônia acredita que diante da situação atual, o país pode perder o status de erradicação da doença.

“Se a gente não conseguir romper essa barreira. Tem várias medidas que a gente precisa tomar pra dar conta de estancar esse surto”, pondera.

Sarampo no RS

Os sete casos confirmados até o momento no estado são considerados importados, porque tem vinculação com registros adquiridos fora do território gaúcho.

A primeira notificação no estado ocorreu em março, de uma criança de 1 ano de idade, não vacinada, moradora de São Luiz Gonzaga. Ela se contaminou em viagem à Europa, local onde há surto.

A segunda confirmação foi de uma estudante de 25 anos, de Porto Alegre, que esteve em Manaus, no Amazonas, onde também há surto de sarampo. Outros quatro moradores da capital contraíram a doença após terem contato com ela.

Conforme a Secretaria da Saúde, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo está prevista para ocorrer de 6 a 31 de agosto de 2018. O público-alvo é crianças de 1 ano até 4 anos 11 meses e 29 dias e ocorrerá de forma indiscriminada.

Casos suspeitos devem ser informados imediatamente às secretarias municipais de Saúde ou para o Disque Vigilância, através do número 150.

“A medida que tem um casoo suspeito, nossa equipe coleta material e faz bloqueio vacinal, que a gente chama. Estamos há 60 dias emitindo alertas para nossos profissionais de saúde”, acrescenta Sônia.

São considerados vacinados:

  • Pessoas de 12 meses a 29 anos que comprovem duas doses de vacina com componente sarampo/caxumba/rubéola;
  • Pessoas de 30 a 49 anos que comprovem uma dose de Tríplice Viral;
  • Profissionais de saúde independente da idade que comprovem duas doses de Tríplice Viral.

Fonte: G1 Rio Grande do Sul